Blog do Mario Magalhaes

Arquivo : julho 2015

Mistério no Pan: por que o boxe aboliu o capacete e o taekwondo, não?
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Mário Magalhães

Taekwondo: cabeças protegidas, pela integridade física – Foto reprodução

 

Treinei taekwondo na adolescência, porém entendo pouco da luta.

Ao contrário do meu pai, nunca lutei boxe, mas acho um esporte sensacional, do qual só entendo mais ou menos.

Culpa talvez da ignorância, um contraste no Pan de Toronto constitui mistério para mim.

Uma das novidades em 2015, antecipando a Olimpíada do Rio, é o abandono do capacete como equipamento protetor dos pugilistas homens.

Li que a Associação Internacional de Boxe alega que um estudo teria mostrado que as lesões cerebrais aumentam com a proteção.

O impacto do capacete na cabeça seria maior do que o da luva, dizem.

E quem usa capacete seria mais golpeado, por ter mais confiança ao se expor ao oponente.

Se a mudança visa preservar a saúde, por que o taekwondo não procede da mesma forma? Só porque não há luvas nos pés?

O esporte de origem coreana manteve o capacete.

No taekwondo, acertar a cabeça do adversário vale três pontos, em golpe mais simples _no peito, vale um. É um incentivo.

Por serem alvo frequente dos lutadores, as cabeças são protegidas.

Se o pessoal do boxe estiver certo, o do taekwondo talvez exponha os atletas a lesões mais graves.

Caso contrário, pobres dos boxeurs.

Uma hipótese que pode não ter lastro nos fatos: ao abolir o capacete _e a exibição instantânea da pontuação_, os chefões do boxe dito amador quiseram deixá-lo mais parecido com o profissional, a despeito da limitação do combate a três assaltos.

O propósito seria aumentar a receita (a audiência da TV, sobretudo) de um esporte que causa estranheza a espectadores que só acompanham os profissionais.

Nessa hipótese, o interesse comercial superaria a preocupação com a integridade física.

Se a cartolagem do boxe está certa ao descartar o capacete, assina a confissão de culpa por lesões que poderiam ter sido evitadas: por quase dez Olimpíadas, os lutadores foram obrigados a proteger a cabeça.

Vai saber…

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Alô, Del Nero, Blatter disse tudo: ‘Nós temos que limpar aqui primeiro’
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Mário Magalhães

 

Quase caí da esteira, de tanto rir, ao assistir na TV à chuva de notas falsas de dólar despejada por um comediante sobre o presidente da Fifa.

Não pela fanfarronice, mas pelo anúncio de Sepp Blatter em seguida, interrompendo a sessão:

“Nós temos que limpar aqui primeiro”.

Sem querer, o suíço disse em inglês tudo sobre a entidade que ele ainda comanda.

O capo da CBF, Marco Polo Del Nero, não estava lá, pois lhe faltou coragem para viajar a Zurique.

Mas deveria considerar a frase-síntese como agenda imprescindível também para a CBF: antes de tudo, é preciso limpá-la.

Não se limpa a Fifa mantendo Blatter.

Nem a CBF, com Del Nero e seus bajuladores.

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#RIP Sergio Leitão: grande jornalista, grande rubro-negro
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Mário Magalhães

Com a família no Maracanã: Sérgio era apaixonado pelo Flamengo e pelo estádio, onde se sentia em casa

Sergio e a família: Flamengo até morrer

 

Não anda lá muito fácil ser jornalista e torcer pelo Flamengo.

Desde ontem ficou mais difícil ainda, sem o Sergio Leitão nas nossas trincheiras.

Grande jornalista e grande rubro-negro, o Sergio morreu ao 69 anos.

O Aydano André Motta, também da nossa tribo, escreveu sobre a bela e digna trajetória do companheiro que partiu (leia aqui).

Um dos três filhos do Sergio, o repórter Leslie Leitão herdou do pai a paixão pelo jornalismo e pelo mais querido.

Assim o Leslie se despediu:

“Que dor. Estamos órfãos. Eu, James Leitão, Cassius Barreira e todos os outros milhares de filhos que o papai ajudou na criação e na formação do caráter. Da Xavier, do Tijuca, do jornalismo, da arquibancada do Flamengo, da vida. Nosso queridíssimo Sergio Leitão passou mal e não resistiu. Logo no Dia do Amigo. Ele que era amigo de todo mundo. Leal, fiel, o cara mais honesto que muita gente conheceu. Que o Senhor receba esse ser humano maravilhoso que tantas alegrias nos deu nessa vida… Pai, te amaremos para sempre. Seu legado está espalhado pelo mundo e você estará sempre presente em nossas vidas”.

Em algum lugar, o Sergio esfrega as mãos esperançoso de dias de glória do renovado Flamengo.

Valeu, Sergio!

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Cenas de uma festa: Clara Charf, 90
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Mário Magalhães

Mais de cem amigos, parentes e companheiros de Clara Charf comemoraram no sábado, em São Paulo, os 90 anos dessa gigante da história.

Abaixo, três imagens da festa.

Quem quiser saber mais sobre a vida de Clara só precisa clicar aqui.

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Ar irmãs Clara Charf (sentada) e Sarita Grinspum

Ar irmãs Clara Charf (sentada) e Sarita Grinspum

A jornalista Rose Nogueira e o advogado Carlos Augusto Marighella

A jornalista Rose Nogueira e o advogado Carlos Augusto Marighella

Os guerrilheiros Aton Fon Filho, Manoel Cyrillo e Carlos Fayal

Os guerrilheiros Aton Fon Filho, Manoel Cyrillo e Carlos Fayal (da esq. para a dir.)


4ª-feira, no Rio, tem sabatina com o prefeito Eduardo Paes
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Mário Magalhães

O prefeito do Rio, Eduardo Paes – Foto Hélio Motta/UOL

 

A quase um ano da abertura da Olimpíada do Rio, o prefeito Eduardo Paes será sabatinado na quarta-feira, depois de amanhã.

A conversa, promoção do UOL e da “Folha de S. Paulo”, começa às 15h, no Espaço Itaú de Cinema, praia de Botafogo.

Lá estaremos, para entrevistar o prefeito, os jornalistas Mônica Bergamo, Leonardo Souza, Marco Aurélio Canônico e eu.

Para informações sobre como se inscrever para assistir à sabatina, basta clicar aqui.

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Ruptura de Eduardo Cunha aumenta riscos, mas é oportunidade para Dilma
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Mário Magalhães

O presidenciável Eduardo Cunha – Foto Pedro Ladeira/Folhapress

 

A ruptura, agora “oficial”, de Eduardo Cunha com Dilma Rousseff aumenta os riscos para a presidente.

Riscos, no mínimo, de a tramitação de projetos de interesse do governo enfrentar mais obstáculos no Congresso.

No máximo, de ela não completar o mandato conferido pelos cidadãos.

Mesmo sem respaldo do seu partido, o PMDB, o capo da Câmara controla uma bancada estimada na casa da centena de deputados.

Mantém certo apelo popular, aparecendo como o antagonista número 1 da administração impopular.

Não busca somente vingança por ser investigado na Lava Jato.

Ambiciona a Presidência da República. Chegaria lá na hipótese de afastamento da petista Dilma e do vice, correligionário de Cunha, Michel Temer.

Como estava claro meses atrás, a principal ameaça à presidente não provinha do PSDB, e sim do PMDB e mais precisamente de Eduardo Cunha.

De início, antes de multidões oposicionistas saírem às ruas em março, a bandeira do impeachment serviu de algum modo a Dilma.

Governando com a política econômica que condenara em campanha, ela viu desmilinguir sua base social até amargar a aprovação minúscula de apenas um em cada dez brasileiros.

Mas a defesa da legalidade, da soberania das urnas, aglutina segmentos bem mais amplos do que os que aplaudem a nova Dilma.

A onda do impeachment refluiu, até o golpismo vulgar ganhar uma embalagem mais civilizada, mas ainda golpista.

É possível imaginar um tribunal eleitoral considerando que a contribuição milionária de uma empreiteira a uma candidata tem propósitos de bandalheira e supor que a contribuição milionária da mesma empreiteira a outro candidato não tem propósitos de bandalheira?

Se isso não é golpe, mesmo sem tanques nas ruas, o que seria?

(Não custa enfatizar o que só não reconhecem ignorantes ou hipócritas: como não há almoço de graça, inexiste “doação” eleitoral; dinheiro empresarial para partidos e candidatos é, sim, “investimento” a ser retribuído com o patrimônio público.)

Embora peemedebistas e tucanos tomem por enquanto relativa distância da aventura do impeachment, a mobilização toma novo fôlego, bafejada por processos em tribunal de contas e tribunal eleitoral, pela deterioração das condições de vida e pela incansável militância de quem não tolera a decisão democrática da maioria.

Eduardo Cunha reforça o movimento, acelerando iniciativas pró-impeachment na Câmara, uma delas de autoria de Jair Bolsonaro.

(Esta é a verdade, “duela a quem duela”, como diria Collor, o dos carrões: quem está com o impeachment é parceiro de Bolsonaro.)

Risco crescente para Dilma, Cunha é ao mesmo tempo oportunidade.

De tão conservadora a pauta que abraçou em busca de audiência, o deputado estimulou a rejeição a si próprio.

Como a rejeição a Cunha é maior que a aprovação a Dilma, o confronto com o presidente da Câmara pode render mais apoios à presidente da República.

Muita gente que não se identifica com o governo Dilma estaria disposta a lhe prestar solidariedade no choque com o arauto da agenda mais reacionária, seja sobre comportamento, desigualdade etc.

(Duvida? Imagine Eduardo Cunha despachando no Planalto. Imaginou? Luis Fernando Verissimo pensou em morar numa ilha grega…)

Saberá Dilma aproveitar a oportunidade que também é risco?

A crise transcorre no cenário marcado por dois vetores:

1) a adoção de políticas que a candidata, mimetizando o presidente Fernando Henrique Cardoso de 1999, prometera descartar;

2) o golpismo vulgar que almeja impedir a presidente escolhida pelos cidadãos de cumprir integralmente o mandato legítimo.

Enquanto continuar sacrificando os mais pobres, Dilma dependerá de radicalizações como a de Eduardo Cunha para sair das cordas.

Para virar o jogo, o primeiro passo seria consultar _e aplicar_ o programa que apresentou ao país em 2014.

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Clara Charf, gigante da história, faz 90 anos
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Mário Magalhães

Clara Charf, uma senhora mulher - Foto reprodução TV Cultura

Clara Charf, uma senhora mulher – Foto reprodução TV Cultura

 

Clara Charf, uma das mulheres mais fascinantes do Brasil, completa 90 anos nesta sexta-feira, 17 de julho.

Seus parentes, amigos e companheiros queriam festejar na data do aniversário, mas não teve jeito: moradora do bairro paulistano do Bom Retiro, Clara preferiu continuar em Santo André, onde está desde a quarta-feira, dedicada a atividades da Associação Mulheres pela Paz. Só volta para São Paulo no sábado.

Nos últimos tempos, a entidade presidida por ela tem se dedicado a combater a violência doméstica.

Como Clara costuma contar, seu empenho tem sido para também reunir homens, na educação contra a violência, e não somente mulheres.

“Rapaz, você precisava ver”, sempre me diz, depois de viagens país afora das quais regressa com otimismo inabalável.

Com nove décadas de vida, Clara continua como na juventude: na luta, e linda.

Ingressou no PCB ainda menor de idade; trabalhou na assessoria parlamentar do partido; tornou-se uma das mais importantes ativistas do movimento de mulheres; defendeu direitos que inexistiam antes de pessoas como ela batalharem por eles (divórcio, 13º salário, educação pública para as crianças e muitos outros); foi presa e ameaçada na década de 1950 (“Olha aqui, sua comunistinha de merda, ou você fala ou eu arrebento você”); golpistas do Dops, em 1961, arrombaram a porta do apartamento em que ela vivia com seu companheiro, Carlos Marighella; na crise dos mísseis, em 1962, Clara cruzou com Che Guevara em Havana; em 1964, por pouco, escapou novamente dos policiais (desceu pelas escadas do prédio, enquanto os tiras subiam pelo elevador); foi um dos primeiros cidadãos processados pela ditadura recém-parida; incorporou-se à ALN, maior organização armada de combate aos generais e seus sócios; sobreviveu à morte de Marighella, em 1969, à caçada dos beleguins e amargou o exílio até 1979; de retorno ao Brasil, prosseguiu na militância feminista, na trincheira da democracia e foi pioneira do PT; conheceu figuras como Nelson Mandela e Michelle Bachelet e passou a ser, ela própria, personalidade de projeção mundial.

Um gigante da história.

Até hoje não parou e nem pretende parar tão cedo.

Sua vida é tão espetacular que a coadjuvante prevista na biografia “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras) virou co-protagonista. Que merece uma biografia só dela. Uma, não: muitas.

Uma das passagens mais comoventes, sua grande história de amor, eu reconstituí no livro: a fuga de casa para ficar com o homem da sua vida. Clara passou dez anos sem ver o pai, que no princípio rejeitou o genro, mas o desencontro teve final feliz.

Um dia, daqui a décadas, escolas no Brasil terão o nome Clara Charf. Será a homenagem à mulher que abriu mão de muita coisa, por se preocupar primeiro com os outros, sobretudo com quem nada ou pouco tem, em vez de pensar em si mesma.

Concorde-se ou não com as ideias dela, pode ter certeza: pensou em dignidade, pensou em Clara Charf.

Tim-tim!

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‘Corumbiara: Caso Enterrado’: livro conta o massacre, 20 anos depois
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Mário Magalhães

blog - corumbiara

 

Das desgraças de uma nação, poucas são tão nefastas como memória embaçada.

Contra a maldição do esquecimento, há uma novidade a comemorar: o livro “Corumbiara: Caso Enterrado”, de João Peres, com fotos de Gerardo Lazzari.

O lançamento rola na próxima segunda-feira, 20 de julho, em São Paulo.

A partir das 19h, no Ateliê do Gervásio (rua Conselheiro Ramalho, 945).

O livro sai pela Elefante Editora (também pode ser comprado clicando neste link).

O primeiro capítulo está à disposição, gratuito.

Para assistir ao trailer, basta clicar aqui.

O massacre de Corumbiara completa 20 anos no dia 9 de agosto.

Em 1995, munidos de um controverso mandado judicial, policiais militares atacaram famílias sem-terra no sul de Rondônia.

Ao menos 12 pessoas foram mortas, quase todas sem-terra, inclusive criança.

O também controverso julgamento _justiça?_ condenou PMs, mas também sem-terra.

João Peres ouviu testemunhas de todos os lados, consultou documentos, reconstituiu a tragédia.

Em suma, desenterrou a história.

Abaixo, o blog reproduz o release.

Para quem é de São Paulo, até a segunda-feira!

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*

“Esta história começa com uma certeza. E termina com muitas dúvidas.” A frase que abre Corumbiara, caso enterrado é um convite ao leitor para deixar para trás preconceitos e verdades absolutas. O livro-reportagem, lançamento da Editora Elefante, propõe-se a passar a limpo a narrativa sobre o chamado “massacre de Corumbiara”, episódio prestes a completar vinte anos, ainda com muitas dúvidas e questões em aberto.

Em julho de 1995, famílias do sul de Rondônia em busca de terras ocuparam a fazenda Santa Elina, em Corumbiara, um gigante de 18 mil hectares. No cumprimento do mandado de reintegração de posse, ocorreu um conflito que deixou doze mortos. Cinco anos mais tarde, três policiais e dois sem-terra foram condenados. Esse resumo pode ser encontrado em qualquer reportagem sobre os fatos.

O essencial de Corumbiara, caso enterrado é cavocar além das aparências, dos números, da superfície. O jornalista João Peres, autor do livro, entrevista sem-terra, policiais, políticos, advogados, integrantes de movimentos sociais, promotores e juiz. Revisa processos e documentos. Promove o cruzamento de dados para tentar oferecer ao leitor um conjunto que permita formar a própria opinião. Busca romper a dicotomia empobrecedora que tenta a tudo enquadrar: bons e maus, amigos e inimigos.

Fruto de quatro anos de trabalho, a história cruzou o caminho de Peres com uma entrevista misteriosa e tensa realizada em 2011: um sem-terra condenado pelo caso, que se recusa a cumprir a pena por considerá-la injusta. De lá para cá, foram idas e vindas por Rondônia, com dezenas de entrevistas que acabaram forçando o jornalista a se livrar de seus preconceitos, convite que agora estende aos leitores. A questão central do livro reside em entender como inúmeros fatores se cruzaram até redundar na tragédia de 1995 e, dali por diante, numa investigação inconclusa, num contestado julgamento, em comportamentos estranhos.

Rondônia, famosa pela ferrovia Madeira-Mamoré e por integrar a mítica da Amazônica idílica, começa a se transformar no que é hoje durante a ditadura. Sem o convite do regime para que pobres e latifundiários se encontrassem em uma terra de baixa presença institucional, os fatos da Santa Elina jamais teriam ocorrido.

Um dos personagens mais obscuros da trama também é fruto do governo militar, de quem ganhou 43 mil hectares, equivalente a um quarto da cidade de São Paulo. Motivo de operações de combate ao trabalho escravo desde a década de 1980, suspeito de presentear um policial envolvido no comando da operação de reintegração de posse em Corumbiara, vai ganhando contornos assustadores ao longo do livro.

À margem dele, diferentes grupos políticos e ideológicos entraram em disputa ferrenha pelo significado dos fatos ocorridos em 1995. Batalha ou massacre? A contenda pela herança da Santa Elina não é uma mera oposição entre sem-terra e policial. Um embate que ainda está em aberto. Como estão em aberto muitas das versões da história. O silêncio do governador à época dos fatos, a resposta do Brasil a uma cobrança internacional por um novo julgamento e a indenização às vítimas de violência são três de várias passagens que o livro busca explicar.

Os motivos para o caso ter ficado praticamente esquecido nos últimos anos também são abordados. Corumbiara, caso enterrado é uma nova chance para resgatar a história de uma página importante do Brasil pós-ditadura. E entender por que ela é tão atual.

Sobre o autor

João Peres é jornalista com experiência em reportagem, chefia e edição em alguns dos principais meios de comunicação do país. Cobriu eleições, consultas populares e momentos de crise no Brasil, na Argentina, na Venezuela, na Colômbia e na Bolívia. No interior do país, fez reportagens sobre direitos humanos, agricultura, agrotóxicos e relações de trabalho. Em 2010, recebeu menção honrosa no Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, promovido pela OAB-RS, pelas reportagens sobre o trabalho de dom Paulo Evaristo Arns contra a ditadura. Atualmente é sócio-diretor da Agência Página Três e editor do Nota de Rodapé.

Sobre o fotógrafo

Gerardo Lazzari iniciou seu percurso na fotografia jornalística em 1992, enquanto cursava a Faculdade de Jornalismo de La Plata, na Argentina. De lá para cá, trabalhou como repórter fotográfico para diferentes veículos de imprensa da Argentina e do Brasil. Nessa trajetória, registrou inúmeros eventos de relevância jornalística, como eleições presidenciais (Argentina, Uruguai, Bolívia, Brasil), eventos esportivos (Copa Libertadores, Sul-americana, Formula 1), e reportagens de cunho documental sobre os cocaleiros da Bolívia, a cultura gaúcha, a vida dos produtores de tabaco e, recentemente, o conflito de Corumbiara, entre outros.