Blog do Mario Magalhaes

Arquivo : abril 2015

Herdeiros do integralismo, o nazifascismo light, também marcharam domingo
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Mário Magalhães

blog - integralistas contra dilma

Eu não sabia, mas se fosse mais esperto teria desconfiado: entre os manifestantes que saíram às ruas no domingo, em torno do “fora, Dilma”, estavam herdeiros dos integralistas.

É o que mostrou hoje o Ancelmo Gois em sua coluna, como se vê na imagem lá do alto.

O movimento integralista foi a versão brasileira, menos criminosa e mais fanfarrona, do nazifascismo europeu da década de 1930.

A letra grega sigma foi adotada como seu símbolo.

Entre suas identidades de extrema direita com Hitler estava o antissemitismo.

Alguns historiadores, talvez por preguiça na pesquisa, costumam isolar o preconceito mais intolerante ao grupo do escritor Gustavo Barroso, um dos próceres da velha Ação Integralista Brasileira.

Mas outro escritor, Plínio Salgado, o capo do integralismo, também era um cretino antissemita, como se vê nestas palavras dele publicadas em 1934 no jornal “A Offensiva”: “Declarei solenemente a guerra contra o judaísmo organizado. É o judeu o autor de tudo. (…) Fomos agora atacados, dentro de São Paulo, por uma horda de assassinos, manobrados por intelectuais covardes e judeus. Lituanos, polacos, russos, todos semitas, estão contra nós”.

Não custa enfatizar que a esmagadora maioria dos presentes nos protestos dominicais não é saudosa dos valores cultivados pelos galinhas verdes, como os integralistas eram chamados.

Mas estiveram lado a lado com eles.

Para saber mais sobre essa turma tão perigosa quanto ridícula, que entusiasmou multidões no século passado, basta clicar aqui.

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Acredite, se quiser
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Mário Magalhães

A charge acima é do Aroeira, foi publicada em 10 de abril.

Desde ontem está no xilindró João Vaccari Neto, o tesoureiro nacional do PT.

Se houver provas contra ele, tomara que seja condenado, o Brasil só tem a ganhar com isso.

Se não houver, que seja absolvido na forma escrupulosa da lei.

Quem quiser acreditar que a esmagadora maioria das empresas faz “doações” a agremiações políticas com base em preceitos da cidadania e apreço à democracia que acredite.

Inexiste doação, há investimento, e o retorno provém de dinheiro público, não do bolso de algum mecenas.

É dinheiro afanado da saúde e da educação dos mais pobres.

Centenas de milhões de reais para os cofres do PT e seus candidatos nos últimos anos foram isso mesmo: investimento.

Idêntico raciocínio se aplica às centenas de milhões de reais entregues pelas empresas ao PSDB e seus candidatos eleitorais.

História de duende: umas empresas “doam” para lucrar à frente, por exemplo com contratos públicos, e noutras prevaleceria o espírito público.

Quando a empreiteira paga a uns estaria limpa, quando paga a outros está suja, dizem os incautos ou muito espertos.

Por isso, supõem alguns, os tesoureiros petistas acabam em cana, e os tucanos voam em céu de brigadeiro.

Acredite, se quiser.

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Com trapalhadas da zaga dos 7 a 1, Thiago e Miranda se firmam na seleção
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Mário Magalhães

Dante e David Luiz: assim fica difícil – Foto Damir Sagolj/Reuters

 

As trapalhadas perpetradas ontem por David Luiz e Dante na Champions League têm consequência imediata na seleção brasileira: reforçam a condição de Thiago Silva, desde que esteja em boa condição física, e Miranda como titulares.

Dante errou bisonhamente no jogo do Bayern de Munique contra o Porto. Entregou um gol ao time português, na derrota por 3 a 1.

No triunfo do Barcelona pelo mesmo placar, contra o PSG, David Luiz levou bola entre as pernas nos dois gols de Suárez.

É certo que estava fora de forma e teve de substituir já no primeiro tempo seu companheiro Thiago Silva, contundido. Mas, se topou ficar no banco, é porque acreditava poder competir em alto nível.

David Luiz e Dante formaram, como sabe qualquer criança de maternal, a zaga dos 7 a 1.

Miranda, que nem foi convocado para a Copa, e Thiago Silva, que não participou do desastre frente à Alemanha, ficam com poucas sombras ameaçando-os.

Marquinhos é uma delas. Ontem, ele falhou no primeiro gol do uruguaio Suárez, o segundo do Barça de Messi e Neymar.

Na terça-feira, Miranda atuou bem com seu Atlético, 0 a 0 com o Real, no clássico madrilenho.

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Paulo Brossard: o encanto do tribuno (ou o meu primeiro debate)
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Mário Magalhães

Nestor Jost (à esq. só na foto) e Paulo Brossard: debate em 1974 – Fotos RBS TV/Rede Globo

 

Fazendo aqui as contas, do mais velho ao mais novo, o Érico Verissimo tinha 68 anos, o Nestor Jost, 57, e o Paulo Brossard, 50. Eu tinha dez.

Aconteceu em setembro do ano 74 do século passado. Eu já havia visto nas ruas cartazes com fotografias de guerrilheiros procurados, sem saber que os vilões eram os que procuravam. Ouvira um comentário simpático da vó sobre o Médici, general que governara sem ter recebido um só voto popular.

Mas a lembrança remota mais marcante da política foi o debate pioneiro na TV Gaúcha entre os dois candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul. Nestor Jost, veterano mandachuva do Banco do Brasil, representava a Arena, o partido do sim, senhor. O ex-deputado Paulo Brossard vestia a camisa do PMDB, a agremiação do sim.

Só eram permitidos os dois partidos, impostos goela abaixo pela ditadura, que exterminara os outros. A Arena encarnava a situação. O PMDB, a oposição moderada ou às vezes nem isso.

Aos olhos de um menino fascinado pela retórica do Brossard, separava-os uma distância maior que a entre o Rio, de onde eu acabara de chegar, e as bandas para os lados do Uruguai, onde começava uma temporada que se estenderia por uma década.

O Nestor Jost estava longe de ser um parvo. Na minha memória de guri, talvez traiçoeira, permaneceu a imagem de cavalheiro perspicaz, sabido, civilizado. Nada a ver com a tortura, o morticínio e a maldade que campeavam por obra do regime de verdugos que ele defendia.

Mas não dava para encarar o Brossard. Primeiro, porque, por mais que medisse substantivos e adjetivos para não se encrencar ou por convicção (nem falava a palavra ditadura), eram dele as flâmulas de democracia e liberdade.

Depois, porque o tribuno era um assombro. Para muita gente, ganhou a eleição naquele dia, na lábia, embora a Arena também tenha levado uma camaçada de pau país afora.

O doutor Paulo, como o chamavam, era tão carismático que no futuro, ao ouvir velhas gravações de oradores brilhantes da República, como Carlos Lacerda (o mais talentoso), Almino Affonso, Adauto Lúcio Cardoso e Leonel Brizola, eu me recordaria da sua verve no debate.

Ele gesticulava feito italiano e bradava como maragato, a valente turma gaudéria que estava em seu código genético. Respaldara o golpe contra o Jango, mas logo mudou de trincheira. Liberal à antiga, o jurista confrontou a ditadura. Nascera em Bagé, como o Médici. Varrido o último ditador, o ex-senador foi ministro da Justiça e do Supremo. Morreu outro dia, aos 90 anos.

O debate de 1974 influenciaria o governo Geisel a baixar dois anos mais tarde a Lei Falcão, restringindo a expressão na já sufocada propaganda eleitoral televisiva. Passaria muito tempo e ventaria muito vento para ser possível reeditar na TV um duelo épico como aquele.

E o Érico Verissimo com essa história? Lá pelas tantas do debate, o Brossard leu uma carta de apoio. Ao final, proclamou com orgulho o nome do signatário, o magnífico escritor. Entendi que era coisa pra caramba. E ainda nem fora apresentado à Bibiana, à Ana Terra, ao Rodrigo e ao Toríbio.

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Já doente, Galeano quis rever o mar do Rio
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Mário Magalhães

blog - galeano

 

O tempo é um abusado, e o Eduardo Galeano aprontou das suas até o fim. No domingo 13 de abril de 2014, estivemos juntos em Brasília num bate-papo sobre futebol e ditaduras na América Latina. Pois não é que o castelhano inventou de morrer um ano depois, nem um dia a mais ou a menos, nesta sombria segunda-feira 13 de abril de 2015?

No ano passado, na Bienal Brasil do Livro e da Leitura, falei pouco, encantado com o uruguaio e suas histórias de escriba e torcedor. Grande contador de causos, ele tabelou com o Lúcio de Castro, colega a quem o jornalismo esportivo tanto deve. O bate-bola foi tão bom que eu nem lamentei ter perdido a decisão contra o Vasco que valeu ao Flamengo a faixa de campeão estadual. Deixei o brinde para mais tarde.

Se eu tivesse escrito o obituário do Galeano, estamparia o título “O homem que amava o futebol”. De tudo que ele contou e observou em seus livros, nenhum olhar foi mais original que a reverência pelo esporte outrora tido como bretão.

Menosprezado por muitos bacanas ao se converter em paixão popular, o futebol era desclassificado por certas consciências como o ópio do povo, ou a distração que impediria os pobres de alcançar o paraíso. Nas goleiras à direita e à esquerda, espalmavam-no como passatempo desprezível.

O Galeano escreveu sobre o futebol com a mesma devoção com que torcia pelo Nacional, de Montevidéu, seu clube de coração. Legou um clássico, “Futebol ao sol e à sombra”, cuja dedicatória eu garanti, como se vê na imagem reproduzida no alto, com os habituais porquinho e bola desenhados pelo autor.

Foi um prazer ouvi-lo, com o charme do português fronteiriço de acento espanhol, lembrar os encontros com o doutor Sócrates. O craque da bola só queria falar de política, e o craque das letras que muito tratou de política só queria saber de bola.

A tarde só não foi melhor porque o fatigado conterrâneo do Ghiggia já sentia, como numa prorrogação, os maus-tratos do tempo _e do câncer. E sabia, aposto, que o apito derradeiro não demoraria. Homenageado da bienal, pedira aos anfitriões, meio de brincadeira, meio a sério, para não o matarem de cansaço. Multidões de leitores o aclamaram com a gratidão de que os leitores generosos são capazes.

O uruguaio vinha recusando convites para convescotes literários em todo o mundo. Só aceitou nos visitar com uma singela condição: que ele e a mulher, depois de Brasília, viajassem para o Rio e se hospedassem diante da praia. Queria ainda uma vez rever o mar da cidade que adorava.

Seu desejo foi atendido.

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Bomba: ‘PT trouxe 50 mil haitianos para votar em Dilma Rousseff em 2014’
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Mário Magalhães

Vivandeiras, espécie não ameaçada de extinção – Foto Reinaldo Canato/UOL Mais

 

Se você acreditou no título com notícia falsa lá no alto do post, não está sozinho: de cada 100 participantes do protesto do domingo passado na avenida Paulista, 42 levaram a sério a informação delirante sobre a invasão do Brasil por cinco dezenas de milhares de haitianos.

Ninguém viu tanto haitiano por aqui em outubro, mas isso não impediu que os manifestantes pelo “fora, Dilma” achassem ser verdade que a presidente teve o reforço alienígena para conquistar novo mandato.

A pesquisa que constatou a credulidade no inexistente foi coordenada por Esther Solano, professora de Relações Internacionais da Unifesp, e pelo filósofo Pablo Ortellado, da USP. Entre outras questões, eles apresentavam frases para saber se os presentes as levavam a sério.

A notícia sobre o levantamento está na coluna de hoje da Mônica Bergamo.

É claro que a crença no absurdo está relacionada com a intolerância diante do que parece incrível, que outros não concordem com o que cada um pensa.

O mais impressionante é que os 42% retratam o surto de certas cabeças.

Sobre os outros 58%, aceitaram desfilar lado a lado com quem acredita na fantasia sobre os haitianos eleitores de Dilma.

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Quem permite um símbolo de tortura e extermínio ao lado aceita a barbárie
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Mário Magalhães

blog - vovô metralha

 

Não digo, evidentemente, que a imensa maioria das centenas de milhares de manifestantes que clamaram domingo pelo “fora, Dilma” seja partidária da tortura, do extermínio e da covardia como forma de tratamento aos que divergem de sua opinião.

Nem que seja favorável a ditaduras sangrentas, nas quais a única opinião autorizada, na avenida Atlântica ou na Paulista, é a do governo de plantão.

Ou que as multidões expressivas, embora bem menores que as de um mês atrás, encarnem em conjunto as vivandeiras manjadas, a implorar às Forças Armadas que sufoquem a soberania do sufrágio popular.

Não, não pronuncio tal tonteria.

Mas aponto um fato: quem protestou ontem se associou a um raciocínio segundo o qual é inaceitável que a presidente constitucional permaneça na função para a qual foi eleita, porém é aceitável que participe dos atos públicos, lado a lado, um policial veterano que simboliza a tortura, o extermínio e a covardia.

Os oposicionistas expulsaram ontem, com palavrões e ameaças de agressão física, cidadãos que solitariamente declararam pensar diferente.

Já o homem de capacete na foto lá do alto, Carlos Alberto Augusto, foi reverenciado como herói por muita gente.

Ou aceito, como camarada de jornada, por quem saiu de casa para desfraldar suas bandeiras.

Ninguém sugeriu que ele fosse afastado da manifestação em São Paulo.

Conhecido como Carlinhos Metralha, o policial foi agente da polícia política na quadra mais sombria da ditadura. No Dops paulista, barbarizou como tira de confiança do delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury, um famigerado torturador e assassino em série.

Metralha esteve com Fleury em uma operação de extermínio na qual seis militantes foram presos em Pernambuco, em 1973. Sob custódia de uma turma do Dops, acabaram executados.

Entre os mortos estava uma guerrilheira grávida, a paraguaia Soledad Barret Viedma. Moça linda, ela foi entregue pelo próprio namorado, o dito Cabo Anselmo, infiltrado que operava sob as ordens de Fleury e Metralha.

O pessoal que gritou ontem contra a ex-guerrilheira Dilma Vana Rousseff considerou-se à vontade para, no essencial das palavras de ordem, abraçar o repressor sinistro, agora acarinhado como Vovô  Metralha por seus novos chapas.

Assim como, em contraste com o “fora, Dilma”, assistiu-se a um “fica, Bolsoraro” _em matéria de aversão à democracia, o deputado aclamado nas ruas é tampinha perto do antigo capanga de Fleury.

A esta altura, não dá para alguém dizer que ignora a presença de Metralha nos protestos, tamanha a repercussão que teve em 15 de março seu discurso, saudado por aplausos ensurdecedores.

Muito menos a de Bolsonaro.

É insustentável falar que nada tem a ver com Carlinhos Metralha.

Quem marcha ao seu lado tem sim. Mostra-se intolerante com a decisão das urnas, mas imensamente tolerante com um símbolo da tortura como política de Estado.

Quando a cara da maldade é bem-vinda, qualquer discurso a favor da liberdade e da democracia é desmoralizado.

Nos tempos de Carlinhos Metralha, manifestações democráticas, em que é assegurada livre expressão, eram proibidas.

Soledad Barret Viedma não pode mais participar de protestos.

Reitero, não se trata de gostar ou não do governo Dilma.

Mas de ser intolerante com quem passou pelo pau-de-arara e pelos choques elétricos.

E desfilar faceiro com quem era agente destacado do campo de concentração e morte denominado Dops.

Se a impunidade não vigorasse no Brasil, o senhor Metralha estaria em cana, pagando pelas violações imprescritíveis que cometeu contra os direitos humanos.

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Cartola, Ivone Lara, Ney, Teresa Cristina, Ciro e Luiz Melodia: ‘Tive Sim’
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Mário Magalhães

“Tive Sim”, composição imortal do Cartola, amargou o quinto lugar na 1ª Bienal do Samba da TV Record, em meados de 1968.

Como se não bastasse, o público surtado vaiou o cantor que a defendeu, o grande rubro-negro Ciro Monteiro.

Além da gravação do Ciro, abaixo batem bola as interpretações do autor, de Dona Ivone Lara (com o legendário violonista Dino 7 Cordas), Ney Matogrosso, Teresa Cristina & Grupo Semente e Luiz Melodia.

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Na TV, o PDT exala farisaísmo e enxovalha a memória de Darcy e Brizola
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Mário Magalhães

Carlos Fayal, Darcy e Brizola: outros tempos – Foto reprodução

 

O programa do PDT que foi ao ar na TV ontem à noite, pago às custas, como os dos demais partidos, do trabalho suado dos cidadãos, fartou-se na exibição de imagens do engenheiro Leonel Brizola e do antropólogo Darcy Ribeiro.

Para assistir à inserção, basta clicar aqui.

Pioneiros do partido, depois que o general Golbery do Couto e Silva, no ocaso da ditadura, afanou-lhes a sigla do PTB, os falecidos estadistas trazem lembranças agradáveis a uma agremiação que busca legitimidade e votos. Suas trajetórias são associadas à defesa da educação para todos, à proteção da infância e da juventude, às causas dos mais pobres.

Os fariseus grassam na política brasileira, mas o dito Partido Democrático Trabalhista logrou conquistar horas atrás o título de campeão do farisaísmo.

Como evocar a memória de Brizola e Darcy, cujas vidas foram dedicadas ao ensino público, e ao mesmo tempo ter deputados federais na Comissão de Constituição e Justiça pelejando pela redução da maioridade penal?

Se a legislação for mudada, os jovens mais pobres terão menos chances de superar a pobreza, e os mais jovens ainda serão recrutados para o crime.

O PDT que um dia foi de Brizola agora tem a cara do deputado Major Olímpio, um tipo que Darcy não hesitaria em chamar de fascistoide.

O partido que encheu a tela da TV com o velho Briza é o que, no plenário da Câmara, acaba de chancelar com 13 dos seus 18 votos a terceirização e a precarização do trabalho.

O PDT que foi de Darcy Ribeiro, o ministro mais à esquerda do governo João Goulart abatido em 1964.

Não é que o PDT de Lupi, o atual dono do partido, esteja costeando o alambrado, na tirada gaudéria que Brizola imortalizou.

O alambrado já ficou para trás há muito tempo.

Trair velhos ideais já não espanta ninguém.

Mas poderiam deixar Leonel Brizola e Darcy Ribeiro fora dessa.

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