Gilmar desconfia da água do STF. Batizaram a da Argentina. E a do Planalto?
Mário Magalhães
O ministro Gilmar Mendes galhofou, contrariado com uma decisão de colega do Supremo Tribunal Federal: ''Não sei se é a água que estamos bebendo no tribunal ou seja lá o que for, mas estamos vivendo momentos estranhos''.
Até onde a memória alcança, água batizada era aquela que os argentinos ofereceram aos brasileiros nas oitavas-de-final da Copa de 90, quando eles nos eliminaram. O massagista da seleção do Maradona deu uma garrafa d'água ao Branco. Mais tarde, D10S contaria que a água bebida pelo nosso lateral-esquerdo continha calmante.
Outra água suspeita está sendo consumida. Eis o que disse Michel Temer ontem em Maceió: ''Meu objetivo e o meu sonho é que, ao final do meu mandato, vocês possam dizer, embora sendo eu de São Paulo: 'Esse foi o maior presidente nordestino que passou pelo Brasil'''.
A tentação é, ignorando a parvoíce política, interpretar a declaração destrambelhada recorrendo aos compêndios da psicanálise. Mas nem eles bastariam.
Se eu trabalhasse na segurança da Presidência, colheria correndo uma amostra da água do Palácio do Planalto e a mandaria para o laboratório. Tem coisa ali.