Oportunismo do cidadão Pelé já rivaliza com oportunismo do craque Pelé
Mário Magalhães

Pelé: calado, é um poeta, já dizia Romário – Foto Shin Shikuma/UOL
Horas atrás, Pelé se recusou a comentar a renúncia de Joseph Blatter da presidência da Fifa.
''O que a corrupção faz… isso não é problema meu'', disse (leia aqui).
Há dias, quando o suíço foi reeleito, depois de 18 anos encabeçando a entidade, Pelé considerou que o assunto era problema seu e aplaudiu a recondução do cartola ''com experiência''.
Ou seja, quando Blatter estava no poder, Pelé concedeu-lhe o apoio.
Ao cair, não mereceu uma só palavra, de solidariedade ou desprezo.
O oportunismo do cidadão Pelé, o empresário Edson Arantes do Nascimento, já equivale ao do craque Pelé.
Cada um à sua maneira.
Para quem está de olho em oportunidades e negócios no futebol, era bom estar ao lado do Blatter mandachuva.
Agora, com a queda do bom companheiro, não é mais.
Em menos de uma semana, o ex-ministro mudou de atitude.
Um ex-ministro de Estado e craque imortal calou sobre a roubalheira na Fifa.
Isto é Pelé.