Blog do Mario Magalhaes

João Doria é o Benjamin Button que não rejuvenesce

Mário Magalhães

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João Doria, de vermelho, em 2011 – Foto Julian Marques/Folhapress

 

Embalado como o novo na política, João Doria tem sido personagem de notícias curiosas.

O prefeito de São Paulo teve a habilitação suspensa. Entre a coleção de infrações estão dirigir acima da velocidade permitida e avançar sinal vermelho. Logo ele, um pregador contra limites de velocidade que julga excessivamente baixos (a transparência exigia que informasse ter sido pessoalmente punido com base nas regras em vigor). Descoberta a suspensão da carteira, Doria alegou que não conduzia os automóveis. Mas assumira as multas, sem transferi-las a quem de direito.

Em março se soube que ele tinha uma dívida de IPTU próxima a 100 mil reais. Doria a contestava na Justiça. O nome do prefeito constava da lista de devedores do município que ele governa. Os R$ 90.929,61 foram pagos em 29 de março.

Doria é mais um político praticante da lei ''faça o que eu digo, mas não o que eu faço''. Eles estão em todos os partidos grandes.

Seu estilo não inova. Já nasce envelhecido, como o protagonista de ''O curioso caso de Benjamin Button'', filme de David Fincher inspirado num conto de F. Scott Fitzgerald.

Ao contrário do personagem interpretado por Brad Pitt, Doria não vai remoçando. Nasceu na política com batida de ancião, no que isso tem de ruim, e não de bom. Lembra gente como Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello.

Jânio e Collor chegaram à Presidência. Doria pode até alcançá-la, mas de novo não tem nada. É mais do mesmo.

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