Blog do Mario Magalhaes

Vibrando com Trump: ‘Esqueceram de mim’
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Mário Magalhães

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O governador Luiz Fernando Pezão – Foto Gustavo Serebrenick/Brazil Photo Press/Folhapress

 

O triunfo de Trump teve um efeito colateral aqui no Rio.

O pessoal parece ter esquecido a ruína do Estado e um dos seus principais responsáveis, Luiz Fernando Pezão.

O problema, para o governador, é que o tal efeito passa logo.

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Cientistas descobrem a principal diferença entre Trump e Crivella
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Mário Magalhães

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Ele mesmo; precisa apresentar? – Foto Brendan McDermid/Reuters

 

Furo: uma equipe multidisciplinar de cientistas de todo o planeta atravessou a madrugada e a manhã deste 9 de novembro de 2016 até descobrir a principal diferença entre Marcelo Crivella e Donald Trump.

A síntese da investigação é a seguinte:

* o prefeito eleito do Rio acredita que desígnios divinos determinarão o destino da cidade, convicção compartilhada por boa parte dos cariocas;

* já o presidente eleito dos EUA pensa que é Deus.

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Faltam 53 dias para o ano de 2016 terminar
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Mário Magalhães

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É pau, é pedra, é o fim do caminho – Foto Stephen B. Morton/AP

 

Faltam 53 dias para 2016, o ano que nem deveria ter começado, terminar.

Eis a boa notícia: ele caminha para o fim.

A má: a partir de 20 de janeiro de 2017, Donald Trump será o inquilino da Casa Branca.

E ele está longe de ser o único governante obscurantista a assumir no ano que vem.

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2016, o ano que nem deveria ter começado
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Mário Magalhães

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Donald Trump discursa depois de ser eleito presidente dos EUA – Foto Jim Watson/ AFP

 

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos.

Hora, também, de muito lero-lero.

Para encurtar a conversa: no balanço sincero da história, o ano de 2016 não deveria nem ter começado.

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Propina do Maracanã seria maior que custo anual dos restaurantes populares
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Mário Magalhães

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O Maracanã em obras, antes da Copa do Mundo de 2014 – Foto Júlio César Guimarães/UOL

 

O pacote de perversidades anunciado pelo governo do Estado do Rio contém algumas medidas particularmente cruéis.

Uma delas é a extinção do programa Restaurante Cidadão, denominação oficial do projeto de restaurantes populares.

Se as prefeituras não assumirem os restaurantes espalhados pelo Estado, eles fecharão. Alguns já não abrem mais as portas.

Eis o que é, ou era, o programa, nas palavras da administração estadual: ''A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) é responsável pelo funcionamento de 16 Restaurantes Cidadão, que, juntos, fornecem diariamente 37.578 almoços e 14.064 cafés da manhã, de segunda a sexta-feira. O público beneficiário dos restaurantes é formado, em sua maioria, por trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de insegurança alimentar e nutricional, cuja principal refeição do dia é realizada nestes estabelecimentos. Os restaurantes são, portanto, unidades de alimentação e nutrição destinadas à produção e comercialização de refeições saudáveis, preparadas sob rigoroso controle higiênico. O café da manhã fornece cerca de 400 calorias a R$ 0,50 e o almoço, aproximadamente, 1.000 calorias a R$ 2,00''.

Em suma, comida para quem precisa.

O fim do programa renderá aos cofres do Estado a economia de R$ 56,8 milhões anuais, conforme três fontes (aqui, aqui e aqui).

O decreto de ''revisão'' do Restaurante Cidadão foi assinado há cinco dias pelo governador Luiz Fernando Pezão. O prazo para entregar os restaurantes às prefeituras é 30 de junho do ano que vem, mas eles podem ser extintos antes dessa data _como já acontece.

Mas nem tudo é falta de dinheiro.

Deixarão de ser investidos, como dito, R$ 56,8 milhões por ano com cidadãos mais pobres.

Sabe quanto teria sido embolsado em propina na reconstrução do Maracanã para a Copa de 2014?

R$ 60 milhões de recursos públicos!

É o que afirmaram antigos executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez.

O obra custou R$ 1,2 bilhão.

De acordo com os altos funcionários das empreiteiras, 5% do orçamento foram desviados para pagar propina ao ex-governador Sérgio Cabral, antecessor e padrinho político de Pezão.

Cabral nega irregularidades, e, até onde se sabe, as investigações sobre o estádio prosseguem, no âmbito da operação Lava Jato, sem denúncia ou indiciamento.

Se os denunciantes da Andrade Gutierrez e da Odebrecht falam a verdade, a propina do Maracanã seria suficiente para bancar um ano de refeições nos restaurantes populares. Com direito a um troco gordo.

Assim caminha o Rio de Janeiro.

P.S. 1: depois de publicado este post, a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos atualizou alguns dados. O custo anual do programa Restaurante Cidadão passou para R$ 57,4 milhões. Portanto, valor ainda menor que o da alegada propina na obra do Maracanã.  Estavam sendo servidos, nos restaurantes populares, ''34.777 almoços e 21.877 cafés da manhã, de segunda a sexta-feira'' _56.654 refeições diárias, e não mais 51.642.

P.S. 2: há expectativa de que a  Prefeitura do Rio, por decisão do prefeito eleito Marcelo Crivella, assuma os restaurantes populares que o Estado mantém (ou mantinha) na cidade.

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Bate-bocas de comentaristas da CNN contrastam com jograis na TV brasileira
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Mário Magalhães

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Analistas da CNN: Jeffrey Lord (esq.), pró-Donald Trump, e Van Jones (dir.), pró-Hillary Clinton

 

A despeito da indigência política e existencial dos dois candidatos mais fortes à Casa Branca, tem sido um bálsamo acompanhar a campanha eleitoral norte-americana. O mérito é da CNN.

A escalação de analistas da emissora preza a inteligência do espectador, em vez de menosprezá-la.

Qualquer criancinha dos Estados Unidos sabe que a Cable News Network se inclina pelos democratas, logo por Hillary Clinton, e não por Donald Trump.

Tal preferência não impede a presença de comentaristas com ideias divergentes.

As bancadas são compostas por homens e mulheres, brancos e negros, cacholas em desacordo, uma saudável miscelânea.

É possível conhecer os pontos de vista de quem é mais à direita, à esquerda, ao centro.

E o pau come, com bate-bocas muitas vezes de alto nível _não foi o caso da desinteligência recente entre Jeffrey Lord, pró-Trump, e Van Jones, pró-Hillary. Lord disse que o grupo racista Ku Klux Klan é ''esquerdista'', uma tolice que até figurões direitistas dos EUA rejeitaram.

Mas a escolha de analistas como eles retrata o espírito da casa. Lord trabalhou no governo do republicano Ronald Reagan. Jones, no do democrata Barack Obama.

Ao apresentar os comentaristas, a CNN não omite seus históricos, vendendo-os como ''imparciais''.

Um dos mais brilhantes da mesa é David Gergen, veterano que assessorou numerosos presidentes, de Richard Nixon a Bill Clinton.

O modelo tem sido bem sucedido em audiência em 2016.

A palavra plural da CNN contrasta com o padrão brasileiro _com exceções. Aqui, por mais comentaristas e analistas em ação nas emissoras, eles costumam dizer coisas parecidas, como num jogral, difundindo pensamento único.

A CNN estimula a reflexão, ajuda o cidadão a formar seu próprio juízo.

No Brasil, parecem querer fazer cabeças, sufocam a divergência.

Lá, vigora o confronto de opiniões.

Aqui, ouve-se uma só opinião, pronunciada por várias vozes.

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A diferença entre o Flamengo de 2016 e o de 2009
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Mário Magalhães

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Adriano e Petkovic, os craques de 2009: sem herdeiros em 2016 – Foto Marcelo Sayão/EFE

 

O ano vai chegando ao fim, e o Flamengo vai perdendo mais uma competição, perdeu todas em 2016. A não ser que São Judas Tadeu faça um milagre daqueles em que até quem confia em santo milagreiro pouco acredita. Só a matemática e a mística rubro-negra alimentam nossa esperança.

Até o mais fanático adulador de cartola, e eles são numerosos no clube, deve concordar que para o Flamengo é demais não levantar um só caneco disputando Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Primeira Liga, Sul-Americana e Campeonato Estadual.

Ainda assim, para ser sincero, não esperava que o time chegasse a estar entre os primeiros do Brasileiro, tantas são as suas limitações.

Se chegou, é inegável que o Zé Ricardo tem méritos na campanha.

Assim como tem deméritos na incapacidade de manter a equipe competitiva na reta final, desperdiçando a chance do hepta.

O técnico parece treinar bem e, durante as partidas, mexer mal (será que o Marcelo Cirino, que entrou sábado no segundo tempo, brilha nos treinamentos?; porque nos jogos à vera…).

Mas o Zé Ricardo tem talento, é jovem, evoluirá.

A maior virtude do time tem sido o espírito de luta, que compensa debilidades coletivas (táticas) e individuais (dos jogadores).

Em 2009, ano do hexa, também não tínhamos um timaço.

Porém contamos com dois craques cujo canto de cisne nas carreiras brilhantes foi com o manto sagrado.

Sem Adriano e Petkovic, o Flamengo não teria conquistado o Campeonato Brasileiro sete anos atrás.

Há muitas diferenças entre as equipes de 2016 e de 2009.

Mas nenhuma tão decisiva quanto a inexistência, hoje, de dois boleiros como o Pet e o Imperador.

Diego e Guerrero, muito bons, eram candidatos a substituí-los. Não conseguiram.

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Governo do RJ parece sentir saudade das Jornadas de Junho de 2013
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Mário Magalhães

Multidão protesta em junho de 2013, em frente ao Teatro Municipal do Rio – Foto do blog

 

É tamanha a truculência das medidas de arrocho anunciadas pelo governo do Estado do Rio que batizá-las como ''pacote de maldades'' constitui eufemismo.

Pacote é, mas de perversidades. É perverso porque, embora atinja todos os cidadãos, fere muito mais os mais frágeis.

Numa das nações mais desiguais  do planeta, o plano dos governadores Luiz Fernando Pezão e Francisco Dornelles, em vez de proteger os mais pobres, castiga-os covardemente.

O signo do pacote é a covardia.

O servidor que ganha dezenas de milhares de reais por mês passará a recolher 30% de contribuição previdenciária, em vez de 11%. Uma tunga escancarada nos salários. Os aposentados que recebem menos ou bem menos de R$ 5.189,82, e hoje não precisam contribuir com a previdência, também passarão a ter retidos 30% do contracheque. É evidente que para estes a garfada será muito maior. Amplia-se a desigualdade.

É desumano, num Estado marcado por roubalheira denunciada em pormenores por antigos executivos de empreiteiras, extinguir o programa dos restaurantes populares.

O Aluguel Social é limitado. Em vez de ampliá-lo e aprimorá-lo, os herdeiros de Sérgio Cabral pretendem terminar com ele.

O programa Renda Melhor, para famílias na pobreza extrema, também acabará, se a Assembleia Legislativa aprovar o projeto Pezão-Dornelles.

O aumento do Bilhete Único e as restrições ao seu uso são outros atos impiedosos.

Quem construiu o caos foram os governantes do Estado do Rio que agora apresentam a conta aos cidadãos de menor renda, aos quais chegam poucos direitos da cidadania.

Em 2013, multidões tomaram as ruas do Rio contra o aumento de 20 centavos da passagem de ônibus.

Quer dizer, esse foi o estopim. Nas Jornadas de Junho, as bandeiras tremularam contra tudo e contra todos. O protesto não foi só por 20 centavos.

O furor do pacote de perversidades é tal que o governo do Estado parece sentir saudade de 2013.

Talvez aposte no entorpecimento de cariocas e fluminenses.

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