Parceirão de Temer, Moreira Franco esteve nos governos Dilma, Lula e FHC
Mário Magalhães
Tudo é história.
Wellington Moreira Franco, o Gato Angorá da lista da Odebrecht, é um dos chefões do governo Michel Temer.
Exerce o cargo de secretário do Programa de Parcerias de Investimentos. Cuida de concessões, privatizações e _dizem_ intrigas.
Moreira, 72, tem história. Militou na Ação Popular, organização clandestina de combate à ditadura, antes de se bandear para o PDS, o partido da ditadura.
Por muito tempo foi conhecido como genro do genro. Seu primeiro sogro, o senador Amaral Peixoto, era genro do presidente Getulio Vargas.
Uma enteada de Moreira é casada com o deputado Rodrigo Maia. O presidente da Câmara, com alguma liberdade, poderia ser chamado de genro do genro do genro.
Não faltam pecados a Temer, presidente ilegítimo. Não foi ele, porém, quem inventou Moreira Franco no Planalto.
O ex-governador do Rio foi ministro de Dilma Rousseff em duas pastas: Secretaria de Assuntos Estratégicos e Secretaria de Aviação Civil.
Na administração Lula, ocupou uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal, a de Fundos de Governo e Loterias.
Na de Fernando Henrique Cardoso, foi assessor especial da Presidência, com sala no palácio.
Ele é o que era.
E era o que é.
Sempre foi, ao menos desde a década de 1970.