Blog do Mario Magalhaes

#Biografias: ‘A vida dos outros e as nossas’, por André Iki Siqueira
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Mário Magalhães

blog - livro saldanha vale este

 

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Autor da ótima biografia “João Saldanha: uma vida em jogo”, o jornalista André Iki Siqueira escreveu sobre biografias e censura. A artigo “A vida dos outros e as nossas” pode ler lido no blog do biógrafo (aqui). E abaixo, na íntegra.

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Afinal, a gente pode ou não pode falar da vida dos outros?

Tenho acompanhado diariamente a grande polêmica sobre as biografias, censura, privacidade e direitos. As divergências estão bem nítidas entre os que defendem a liberdade dos escritores e quem veta ou restringe. Todos os argumentos estão na mesa e os ministros vão bater o martelo. Entendo a posição dos que sempre lutaram pela democracia e querem preservar as intimidades e suas famílias. E acho que não merecem patrulhamento. É diferente do grupo de parlamentares que obstruem as biografias apenas com a intenção de esconder suas conspirações, corrupção e crimes. Eu subscrevi o manifesto dos escritores e quero dar minha contribuição. O tema ganhou espaço na imprensa e chegou aos botequins, onde muito se fala da vida de todo mundo em calorosos debates, que muitas vezes terminam mal.

Nos veículos de comunicação, todos os dias, a vida dos homens públicos é exposta e qualquer biografia pode ser arranhada definitivamente. Não é necessário pedir autorização aos atacados ou às suas famílias. Claro, existe liberdade de imprensa e há regras, muitas até discutíveis. Nenhum compositor pede autorização para usar o nome de um personagem numa de suas canções. As escolas de samba também têm liberdade para fazer e comercializar o seu carnaval sobre uma personalidade, transmitindo por televisão para todo o planeta. Grandes sambas-enredos biográficos passaram na avenida.

Quando decidi pesquisar a vida de João Saldanha para posteriormente escrever sua biografia (''João Saldanha, uma vida em jogo'', Companhia Editora Nacional) e dirigir um documentário sobre a fera (''João Saldanha'', na ''Tv Zero''), quis reconstruir a trajetória de um personagem que ficara com fama de mitômano e bêbado, por conta de vários comentários em redações, bares e até em livros. Eu tinha o desafio de provar o contrário e estabelecer a verdade ou comprovar que João, meu ídolo e referência no futebol, desde criança, era realmente o que se falara antes. Não era. A pesquisa revelou que Saldanha foi muito mais do que todos sabiam. Antes de ser o técnico que montou a seleção brasileira campeão de 1970 e virar o comentarista que o Brasil inteiro consagrou, João havia participado ativamente de todas as lutas políticas por um país democrático e livre. A sua história cruzava com a nossa história.

Meu primeiro movimento foi procurar a família de João, pedir a autorização e convidar seus parentes para participar do projeto. A família Saldanha é um exemplo que merece homenagens. Nunca me pediram nada e só conheceram o livro e o filme nos dias de seus lançamentos. O que fiz, por decisão da editora, foi enviar para cada entrevistado apenas os trechos que continham suas declarações e solicitar a aprovação e autorização para publicar. O documentário só foi visto pela família na estreia, durante o festival ''É Tudo Verdade''. Mas sei que o comportamento dos Saldanha é uma raridade no nosso meio.

Fico feliz com a posição do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo a favor da liberdade dos biógrafos, mas aqui vai uma dica para o governo. Quando quis andar com meu segundo projeto de documentário biográfico, esbarrei numa exigência da Ancine: a autorização dos herdeiros do personagem. E parei. O Estado facilita a censura prévia. É preciso rever e mudar. Se fosse nos EUA, Michael Moore não teria produzido quase nenhum de seus filmes, como ''Tiros em Columbine'', onde o diretor apresenta imagens e acusa o ator Charlton Heston, que certamente não daria autorização para o uso.

No tempo da internet, não há mais como segurar a difusão de uma obra. Vai proibir na livraria, mas o texto estará na rede, mascarado ou não, com título alterado e capa fake. As biografias virais.

Vou continuar escrevendo biografias e dirigindo documentários sobre personalidades que fazem parte das nossas vidas. É a vida dos outros dentro das nossas, é História. Escrever com responsabilidade, respeito e sempre verdadeiro. As biografias ''difamatórias'' são uma exceção e a Justiça é o caminho para reparação e punição aos erros, difamações e ofensas. Mas escrever sempre com liberdade. A mesma liberdade que garante ao entrevistado de um jornal, revista, rádio ou tv, denegrir a imagem de quem quer que seja, principalmente se for um ídolo nacional e reconhecido internacionalmente. Basta uma linha, uma palavra para se queimar em definitivo um personagem.

E depois de tudo que li, ouso dizer que os gênios também erram.


Wallace, do Flamengo: finalista da Copa do Brasil é um devorador de livros
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Mário Magalhães

blog - wallace

Wallace, no ''Globo Esporte'', com a biografia ''Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo''

 

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Ao lado de companheiros como Hernane e Elias, o zagueiro Wallace destacou-se no Flamengo, nos triunfos sobre o Goiás que classificaram a equipe à decisão da Copa do Brasil. Wallace jogou muito. O título será vermelho e preto, pois o outro finalista, o forte Atlético Paranaense, também é rubro-negro.

No auge da forma e da carreira, Wallace foi personagem de uma belíssima matéria do repórter Eric Faria, exibida pelo ''Globo Esporte''. Para assisti-la, basta clicar aqui.

Eric perfilou um devorador de livros, que só neste ano já leu 60. Em um momento difícil do Flamengo, Wallace distribuiu aos companheiros uma obra de Michael Jordan, e os ensinamentos do cestinha aposentado contribuíram para levantar o ânimo dos jogadores.

Para meu imenso orgulho de autor (e de rubro-negro), um dos livros que Wallace leu foi a biografia ''Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo'' (Companhia das Letras). Leu e adorou, contou-me o amigo Eric. Por coincidência, os três times que Wallace defendeu (Vitória, Corinthians e Flamengo) foram os clubes de coração de Carlos Marighella (1911-69), nas três cidades onde o revolucionário viveu.

Wallace me lembra de outro zagueiro raçudo, Ronaldo, ou Ronaldão, campeão mundial pelo São Paulo e pela seleção brasileira. Ronaldo, hoje ex-atleta, também é apaixonado por leitura.


Bienal do Livro da Bahia abre na sexta-feira e no domingo debate biografias
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Mário Magalhães

mariga - bienal do livro da bahia

 

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Com José Carlos Capinam e Antônio Risério na ''gala de abertura'', conversando sobre ''O Brasil a partir da Bahia'', a Bienal do Livro começa oficialmente nesta sexta-feira, 8 de novembro, às 19h30.

No domingo, também às 19h30, haverá debate sobre biografias, na programação do Café Literário. Participam a jornalista Josélia Aguiar, que conclui biografia de Jorge Amado (Editora Três Estrelas), e este blogueiro, com mediação de Miguel Jost.

A programação completa da Bienal do Livro da Bahia está aqui.


Meu novo livro, obra coletiva, será lançado mês que vem nos Estados Unidos
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Mário Magalhães

blog - crecer a golpes

 

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Compartilho ótima notícia: um ano depois da biografia “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”, volto às estantes das livrarias, embora bem longe daqui. Será lançado em dezembro, nos Estados Unidos, “Crecer a golpes – Crónicas y ensayos de América Latina a 40 años de Allende y Pinochet”.

Como antecipou no sábado a colunista Raquel Cozer, na “Folha de S. Paulo”, o livro sai primeiro em espanhol, pela C.A. Press, editora do Penguin Group.  A versão em inglês está prevista para 2014.

Com organização do jornalista e escritor argentino Diego Fonseca, 13 autores, quase todos latino-americanos, contam as últimas quatro décadas dos seus países. Entre eles (nós), o cubano Leonardo Padura e o argentino Martín Caparrós. O norte-americano Jon Lee Anderson escreve sobre os EUA.

O ponto de partida é o golpe de Estado no Chile, em 1973. No Brasil, essa história principiou em 1964. Reconstituí o período pontuando-o com o épico da seleção. E narrando a paixão de um brasileiro, eu, por seu ídolo supremo, Zico.

Para a eventualidade de alguém se interessar: o livro já está em pré-venda na Amazon (basta clicar aqui).


O sonho não acabou: Mr. Lam, o restaurante de Eike Batista, continua divino
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Mário Magalhães

Guerreiro em terracota, na entrada no restaurante Mr. Lam, no Rio

Guerreiro em terracota, na entrada no restaurante Mr. Lam, no Rio

 

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A OGX rendeu uns pingos de óleo e olhe lá. Triturou o sonho de Eike Batista de se tornar o terráqueo mais endinheirado. E consumiu um naco das economias de uma vizinha gente boa aqui do prédio, que comprou por 18 reais ações que se desmilinguiram até valer 13 centavos.

A MMX entregou muito menos minério do que prometera. Com o colapso da petroleira e o fiasco da mineradora, a holding desabou. O empresário com alma de garimpeiro, o apostador que apostou errado, alardeara todos os empreendimentos em “estado da arte”, porém nada era o que parecia.

Nada? Rematada injustiça. O restaurante Mr. Lam, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, sobrevive como o único reduto de sucesso no inventário de fracassos de Eike. Concedendo aos clichês, é a derradeira joia da coroa do que um dia deu a impressão de constituir um império, mas não passava de tigre de papel.

Mais de três anos depois, regressei sábado à noite à casa de decoração kitsch, embrulhada para nouveaux riches, construída sobre barras de cobre. Dado a ouvir conselhos de cartomantes e bruxas, Eike mandou instalar o cobre por inspiração do feng shui. Pelo visto, a providência de fato espantou más energias. Terá sido das barras subterrâneas o mérito por impedir outro revés?

A primeira surpresa foi ver o estabelecimento lotado, com fila até quase a meia-noite. Não é novidade que Eike investiu 8 milhões de reais no negócio que nunca se pagou. A clientela farta evidencia que a imagem de validade vencida do dono não contaminou seu restaurante.

Será que os comensais buscavam testemunhar a decadência em forma de comida? Ou queriam visitar o Mr. Lam antes que venha a fechar, soterrado pelas ruínas do Grupo X? Quando os pratos chegaram o mistério se desfez: a excelência da cozinha chinesa sobrevive às demais derrotas do antigo conglomerado, como um jogador que consegue brilhar solitariamente em um time que despenca para a terceira divisão.

Quase tudo continua uma maravilha: os espetinhos de frango (melhor) e camarão (talvez tenha sido cozido sem casca, o que rouba sabor) com um molho branco misterioso; os rolinhos primavera; as lulas do Olin (empanadas, receberam o nome de um filho de Eike); e o sqwab (frango cortadinho e molho adocicado que o cliente enrola em folhas de alface americana).

Tudo em várias porções, de novo e de novo. Quando todos à mesa se sentem empanturrados, arriscam uma última concessão à gula, os noodles de frutos do mar. O macarrão chinês fininho é devorado até não restarem vestígios. De sobremesa, o falso ovo frito, no qual o maracujá se finge de gema, e a clara de mentirinha é uma cocada branca mole (no cardápio, intitula-se “uhn ehggi”).

O maior trunfo do restaurante é a cozinha povoada por chineses, importados pelo grande cozinheiro Mr. Lam, que vive longe do Brasil. Eike o descobriu em Nova York. Deliciou-se tanto com o chef que o trouxe para oferecer no Rio as iguarias consagradas nos Estados Unidos. A predileta do empresário quebrado, ele me contou certa vez, é o satay de frango, os divinos espetinhos (leia aqui o  perfil de Eike Batista que eu escrevi em 2009).

Outra vantagem do Mr. Lam é que, embora perfile entre as melhores casas cariocas e deixe para trás os concorrentes (ditos) asiáticos, seus preços ficam aquém dos do restaurante mais simples de Claude Troisgros (CT Trattorie) e são muitíssimos mais baixos que os do Gero, do Antiquarius e do Cipriani.

Éramos cinco à mesa redonda. Com o consumo de água mineral italiana e quatro garrafas de vinho tinto francês beaujolais, além de cerveja, a conta somou 1.045 reais, ou 209 por cabeça, incluindo a gorjeta. Hoje como antes, o serviço se mantém de primeira.

Se a OGX mostrou que Eike Batista nada entende de petróleo, o Mr. Lam sugere que o empresário é bom de boca. Se pensar somente no restaurante ainda ótimo, talvez ele possa fantasiar que o seu sonho não acabou.


Faltam dez dias para o Festival de Biografias (programação atualizada)
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Mário Magalhães

Tomada quase só por biografias, vitrine de uma loja da Livraria da Travessa, no Rio – Foto divulgação

Tomada quase só por biografias, vitrine de uma loja da Livraria da Travessa, no Rio – Foto divulgação

 

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Faltam dez dias para a abertura do Festival de Biografias, em Fortaleza. O evento vai de 14 a 17 de novembro.

Abaixo está, atualizada, a programação do segmento literário, republicada com o post em que anunciei a novidade aqui no blog.

A audiência pública do STF sobre biografias não autorizadas será em 21 e 22 de novembro. Começa quatro dias depois do encerramento do festival.

Até o dia 14, ou quinta-feira da semana que vem!

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Daqui a menos de um mês, no feriadão de 14 a 17 de novembro, Fortaleza sediará o primeiro Festival de Biografias, com quatro segmentos: literatura, cinema, música e artes visuais. Poucos dias mais tarde, o Supremo Tribunal Federal promoverá audiência pública para tratar de biografias não autorizadas.

A proximidade dos eventos é uma tremenda coincidência. A audiência foi recém-convocada pela ministra Carmem Lúcia. O festival estava marcado antes de esquentar a controvérsia sobre censura prévia a biografias.

Transparência: convidado pelo Iris (Instituto de Referência da Imagem e do Som), aceitei ser o curador do segmento literário, entendido como não ficção biográfica. A primeira edição do festival tem o mote “histórias de vida”.

Numa tenda na praia de Iracema, reduto boêmio da capital cearense, haverá projeção de filmes e debates com cineastas e autores de livros. Em um palco vizinho, shows ao ar livre. O Estoril, espaço cultural, receberá uma exposição interativa, com vídeos, fotos e textos, sobre vida e obra de artistas visuais retratados na literatura e no cinema. O ingresso é gratuito para toda a programação.

Entre as atrações cinematográficas, haverá mostra e debate sobre a obra do cinebiógrafo Silvio Tendler. O diretor estará presente à homenagem. O destaque em música será um show conjunto de Jorge Mautner e Jards Macalé. Os dois já mereceram documentários contando suas vidas.

Uma seleção de 11 biógrafos _e autores de perfis_ consagrados ou que preparam sua estreia no gênero debaterá a produção biográfica em livros. São eles, em ordem alfabética: Fernando Morais (autor de Olga, Chatô: O Rei do Brasil, Montenegro, O Mago); Guilherme Fiuza (Meu nome não é Johnny, Bussunda, Giane); Humberto Werneck (Chico Buarque: Tantas palavras – Todas as letras & reportagem biográfica de Humberto Werneck, O santo sujo: A vida de Jayme Ovalle); João Máximo (Gigantes do futebol brasileiro _com Marcos de Castro, Noel Rosa: Uma biografia _com Carlos Didier, João Saldanha: Sobre nuvens de fantasia); Josélia Aguiar (Jorge Amado: Uma biografia, a sair pela Editora Três Estrelas); Lira Neto (O poder e a peste: A vida de Rodolfo Teófilo, O inimigo do rei: Uma biografia de José de Alencar, Castello: A marcha para a ditadura, Maysa: Só numa multidão de amores, Padre Cícero: Poder, fé e guerra no sertão, Getúlio, tomos I e II); Lucas Figueiredo (biografia de Tiradentes, a sair pela Companhia das Letras, Morcegos negros: PC Farias, Collor, máfias e a história que o Brasil não conheceu, O operador: Como e a mando de quem Marcos Valério irrigou os cofres do PSDB e do PT); Luiz Fernando Vianna (Zeca Pagodinho, Aldir Blanc: Resposta ao tempo – Vida e letras, João Nogueira: Discobiografia); Paulo Cesar de Araújo (Roberto Carlos em detalhes); Regina Zappa (Hugo Carvana; Cancioneiro Chico Buarque, vols. 1, 2 e 3; Para seguir minha jornada: Chico Buarque; Gilberto bem perto _com Gilberto Gil); e Ruy Castro (O Anjo Pornográfico: A vida de Nelson Rodrigues; Estrela solitária: Um brasileiro chamado Garrincha; Ela é carioca: Uma enciclopédia de Ipanema; Carmem: Uma biografia)

Na estreia, o festival reunirá biógrafos jornalistas, cuja influência no gênero é notável, sobretudo no Brasil. Na próxima edição, serão incorporados historiadores biógrafos, também responsáveis por obras fundamentais para conhecer o país.

Os autores que estarão em Fortaleza têm características distintas, mas todos são reconhecidos pelo talento para apurar e escrever.

Idealizei um evento com que eu, devorador de biografias, sempre sonhei: os grandes autores conversando sobre seu ofício.  Embora a discussão sobre o marco legal da produção biográfica vá ter óbvia relevância, a reflexão sobre “como se faz” e “por que se faz” não se diluirá. Para que os leitores não se frustrem, em bate-papos com escritores em excesso, que acabam com pouco tempo para falar, escalamos no máximo dois debatedores, com um mediador.

Uma pequena feira do livro será montada, com o máximo possível de títulos dos autores em catálogo, e não somente biografias. Depois dos bate-papos, estão previstas sessões de autógrafos.

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Eis a programação literária:

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14 de novembro de 2013, quinta-feira

16h

A próxima biografia é sempre a melhor

Com Fernando Morais

Mediação Paulo Cesar de Araújo

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15 de novembro, sexta-feira

16h

Ciência e arte da biografia

Com Ruy Castro

Mediação Mário Magalhães

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16 de novembro, sábado

10h

No compasso da história: vidas de artistas

Com Regina Zappa e Humberto Werneck

Mediação Lucas Figueiredo

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16 de novembro, sábado

16h

De Noel a Roberto: como biografar mitos

Com João Máximo e Paulo Cesar de Araújo

Mediação Luiz Fernando Vianna

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17 de novembro, domingo

16h

De Maysa a Bussunda, de Getúlio a Giane: como escolher um personagem

Com Guilherme Fiuza e Lira Neto

Mediação Josélia Aguiar