Blog do Mario Magalhaes

Argentina é a primeira seleção completa no álbum. Será um sinal?
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Mário Magalhães

blog - album argentina

 

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A moleca de 13 anos chega da escola com 18 novas figurinhas, recém-trocadas.

Faltava um jogador, Marcos Rojo, para completar a seleção argentina.

Não falta mais. ''Será um sinal?'', pensa alto a minha filha.

Para o guri de 7 anos, o cromo não ''é'' Marcos Rojo, e sim o ''419''.

Numa das barbaridades do álbum da Copa 2014, não se sabe quem é o jogador que falta, pois seu nome não é impresso nas páginas.

Buscamos números, não jogadores. Só ficamos sabendo de quem se trata ao conseguir, como no caso, o 419.


‘Se querem apitar pela TV, mudem regra do jogo’, diz árbitro de Fla x Vasco
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Mário Magalhães

Flamengo, 33 vezes campeão do Rio – Foto Julio Cesar Guimaraes/UOL

 

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Marcelo de Lima Henrique, o árbitro que validou o gol em impedimento que deu o título do Rio ao Flamengo, disse ao repórter Alysson Cardinali, de ''O Dia'':

''Me sinto tranquilo. Triste, mas tranquilo. Era uma final de campeonato, com duas grandes equipes, uma partida equilibrada, cheia de rivalidade, um Flamengo x Vasco. A repercussão, para o bem ou para o mal, foi compatível com o peso do clássico. Eu trabalho todos os dias para fazer o melhor. Dei o meu melhor no Maracanã. Agora, hoje, existe o jogo do campo e o jogo da TV. Se querem apitar pela TV, que mudem as regras do jogo''.

O árbitro não viu que Márcio Araújo estava impedido, no gol decisivo no finalzinho do clássico contra o Vasco.

Não foi só ele: o time vascaíno não protestou, ao menos em peso, na hora, mas só depois de saber que as imagens em movimento expuseram a irregularidade.

Marcelo, reconhece, com razão (a entrevista pode ser lida na íntegra clicando aqui):

''A arbitragem perdeu para a tecnologia. O que vamos fazer para melhorar? A entrada da tecnologia. Uns vão acertar, outros errar. É assim mesmo, é uma coisa secular. Os olhos humanos nunca vão competir com a tecnologia. Os lances do campo só foram discutidos com replay. Se não fosse a tecnologia, nem estaríamos discutindo sobre isso agora''.

Garfado na Taça Guanabara, garfado na decisão do Estadual. Pobre Vasco.


São Paulo: nesta quarta-feira, Flávio Tavares lança ‘1964: O Golpe’
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Mário Magalhães

 

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O jornalista Flávio Tavares lança nesta quarta-feira, em São Paulo, o livro ''1964: O Golpe'' (L&PM Editores).

A obra reconstitui a participação do governo dos Estados Unidos na deposição do presidente João Goulart.

O lançamento de amanhã será na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

Às 19h, o autor debate com o dramaturgo e escritor Walcyr Carrasco.

Em seguida, rola sessão de autógrafos.


Furo! Cartaz revela para onde vai chapa Eduardo-Marina. Esquerda? Direita?
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Mário Magalhães

blog - eduardo, marina - cartaz

 

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Em Brasília

Hospedado no Hotel Nacional, em Brasília, deparei-me com o cartaz acima no começo da tarde desta segunda-feira.

Logo depois, no mesmo local, Eduardo Campos, na cabeça, e Marina Silva, vice, anunciariam a dobradinha para concorrer à Presidência.

Talvez o cartaz tenha sido, sem querer, mais claro do que muitos comentaristas de política: é difícil saber para onde vão Eduardo e Marina.

Oposição de esquerda ou de direita? Se disserem que tais valores não existem mais, já terão feito sua opção.

A propósito: e a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer? Qual a seta?

E Aécio Neves e (talvez) Aloysio Nunes Ferreira Filho?

E Randolfe Rodrigues e Luciana Genro?

Façam suas apostas.


O esquecimento é amigo da barbárie: há 9 meses desapareceram com o Amarildo
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Mário Magalhães

blog - amarildo 9 meses

 

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O desaparecimento do pedreiro Amarildo completou nove meses nesta segunda-feira.

Na noite de 14 de julho de 2013, o morador da Rocinha foi levado para dependências da Unidade de Polícia Pacificadora na favela.

De acordo com inquérito policial e denúncia do Ministério Público, o trabalhador foi torturado até a morte por PMs, que em seguida ocultaram o cadáver.

Policiais militares estão presos, esperando julgamento.

O corpo do Amarildo, contudo, não foi encontrado e devolvido à sua família.

Seus parentes querem lhe oferecer um enterro digno, mas o Estado do Rio de Janeiro não cumpre a obrigação de descobrir onde estão os restos mortais.

Agentes públicos, conforme investigação e acusação, mataram e sumiram com o Amarildo.

Cabe ao Estado devolver o seu corpo.


Neste sábado em Brasília: biografia ‘Marighella’ é lançada às 20h na Bienal
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Mário Magalhães

 

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Velhos, novos e futuros leitores e amigos, todos estão convidados para o lançamento hoje em Brasília da biografia ''Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo'' (Companhia das Letras).

A partir das 20h, no Auditório Jorge Amado, falarei sobre “Marighella: a batalha das biografias e o direito à memória”, na programação da II Bienal Brasil do Livro e da Leitura.

Em seguida, rolará uma sessão de autógrafos.

Será um prazer ver e rever o pessoal de Brasília. Até a noite!


Nossa crise existencial (um pitaco sobre jornalismo e jornalistas)
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Mário Magalhães

blog - jornalistas & cia

 

Na semana do Dia do Jornalista, 7 de abril, ''Jornalistas & Cia'', a mais influente newsletter do jornalismo brasileiro, veiculou 31 páginas de uma edição especial intitulada ''Sobre dúvidas e certezas''.

Isso mesmo: dúvidas e certezas do conturbado momento do jornalismo e dos jornalistas. A edição pode ser lida gratuitamente clicando aqui.

Entre os 53 colegas que opinaram, escrevi um pitaco de 477 palavras, reproduzido na íntegra abaixo.

* * *

Nossa crise existencial

Por Mário Magalhães*

Cinquenta anos atrás, em 7 de abril de 1964, os jornais estampavam duas tragédias. A primeira, o noticiário sobre o golpe de Estado que acabara de depor o presidente constitucional João Goulart. A segunda, a bênção do jornalismo à ditadura que desabrochava.

Naquele mesmo dia, eu nasci no Rio (a fórceps, como a ditadura). Tremendo pé-frio, vá lá. Meio século mais tarde, quando me torno cinquentão, o Brasil é muito melhor do que nas sombrias jornadas da primeira semana de abril de 1964.

Já o jornalismo, não sei. O que sei é que o jornalismo e os jornalistas jamais viveram _vivemos_ tamanha crise como hoje. É a espécie mais devastadora de crise, a crise de identidade, existencial.

A crise nos corrói ao pôr em xeque nossa razão de viver. Isso acontece porque se costuma ignorar que o jornalismo constitui serviço público _mesmo se exercido por companhias privadas_ cuja essência é colher, processar e difundir informações.

Eis a nossa função social: informar. Enquanto a sociedade a reconhecer como necessária, sobreviveremos.

Outra impressão decorrente de astigmatismo e miopia é supor que o inédito volume de informações em circulação seria terra a cobrir nossa sepultura.

Ocorre o contrário: nunca o jornalismo foi tão indispensável, para organizar, hierarquizar, contextualizar e dar sentido à caótica overdose informativa. Diante do futuro, temos mais pinta de bebê do que de defunto.

Em meio à enxurrada de informações, desgraçadamente a propaganda se confunde com jornalismo e o contamina e descaracteriza. No mundo inteiro, a opinião sufoca a informação.

O futuro do jornalismo, que já não detém o monopólio do debate público, concentra-se na reportagem, seu gênero mais valioso. Desde que a reportagem, em tempos de vale-tudo, conserve os valores consagrados do jornalismo de qualidade, a começar pelos escrúpulos.

Preservar os padrões de decência, mas em novo cenário. Como agonizam a estrutura jornalística e o modelo de negócios estabelecidos no século XX, a vida do jornalista também muda, como descobrimos colegas de todas as gerações.

Antes, a perspectiva mais comum era nos juntarmos a corporações nas quais exerceríamos nosso ofício. Cada vez mais, para o bem e para o mal, o jornalista é sozinho um “conglomerado” de ideias e empreitadas, produzindo jornalismo em diversos gêneros e plataformas, para numerosos patrões ou sendo seu próprio patrão.

Uma aposta para o futuro: a despeito da multiplicação de operações jornalísticas profissionais num sem-número de mídias, a palavra vicejará como a pepita mais cobiçada do garimpo.

No blog, na TV, na rádio, no livro digital e de papel, nos dispositivos móveis, nos jornais e revistas impressos e na internet, quem dominar os mistérios da palavra e do idioma terá seu lugar.

Pois o jornalismo, serviço público também destinado a fiscalizar o poder, é instrumento para escavar e narrar a história. Podem anotar: enquanto as histórias contadas pelos jornalistas tiverem relevância pública e encantarem o público, nosso obituário continuará na gaveta.

* Blogueiro do UOL, ex-ombudsman da “Folha de S. Paulo” e autor da biografia “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo” (Companhia das Letras).

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Sai Médici, entra Marighella: às 14h, cerimônia celebra novo nome de escola
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Mário Magalhães

 

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Gira a roda da história.

Logo mais, às 14h desta sexta-feira, uma solenidade convocada pela secretaria estadual da Educação da Bahia marca a mudança de nome do antigo Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici para Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella (Stiep é o bairro soteropolitano onde o estabelecimento se localiza).

A troca de nome, do ditador para o guerrilheiro que combateu a ditadura, foi decidida em eleição pela comunidade escolar. O rebatismo já tinha sido publicado no ''Diário Oficial'' do Estado.

Para saber mais sobre a mudança definida por estudantes, professores, funcionários e pais de alunos: Deu no 'Diário Oficial' da Bahia: colégio Médici vira colégio Marighella.

Para ler a opinião do blogueiro sobre o assunto: Colégio Presidente Médici decide trocar nome para Colégio Carlos Marighella'.


Comissão do Senado aprova mudança na Lei de Anistia; leia projeto e parecer
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Mário Magalhães

O coronel Paulo Malhães presta depoimento na Comissao da Verdade, no Arquivo Nacional, nesta terça-feira (25)

O coronel Paulo Malhães, matador impune – Foto Daniel Marenco/Folhapress

 

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Uma comissão do Senado aprovou nesta quarta-feira projeto de lei do senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) derrubando interpretação da Lei de Anistia que assegura a impunidade de violadores dos direitos humanos no período mais repressivo da ditadura.

A lei de 1979 se refere a ''crimes conexos'', formulação que, de acordo com os partidários da não punição, preservaria de julgamento e condenação os agentes públicos que torturaram, mataram e desapareceram com corpos _tudo à margem da lei, inclusive da legislação em vigor nos tempos da ditadura inaugurada em 1964.

Embora se descortine longo caminho na tramitação do projeto, a decisão da Comissão de Direitos Humanos do Senado constitui contundente revés à impunidade.

A maioria dos brasileiros, constatou o Datafolha, defende a punição dos velhos torturadores e matadores.

Para ler matéria da repórter Gabriela Guerreiro, basta clicar aqui.

A íntegra do projeto de lei apresentando pelo senador Randolfe Rodrigues, aqui.

E o parecer favorável do senador João Capiberibe (PSB/AP), aqui.