Seleção feminina, que encantou nos Jogos, termina como a masculina começou
Mário Magalhães
Nas duas primeiras partidas da Olimpíada, a seleção feminina de futebol emplacou 3 a 0 na China e 5 a 1 na Suécia.
Não anotou nenhum gol contra a África do Sul, a Austrália e a Suécia.
Hoje fez um no Canadá, no belo estádio do Corinthians, mas perdeu por 2 a 1 na disputa do bronze.
Nossas bravas jogadoras partem dos Jogos sem medalhas.
É possível dizer que nos três jogos anteriores o time encontrou antagonistas fechadinhos, impressionados com os oito gols.
As canadenses, ao contrário, ousaram e se deram bem.
Marcaram um com Rose, em contra-ataque, e outro com Sinclair, aproveitando erro na saída de bola.
O Carrossel Tropical de movimentação intensa do começo da competição emperrou.
Transformou-se numa equipe estática e previsível, apesar do admirável espírito de luta.
Em contraste com a seleção masculina, a feminina foi piorando.
O fim do sonho pelo ouro, nos pênaltis da semifinal com as suecas, abateu-a. As cabeças foram para o espaço.
O Canadá acertou duas bolas na trave. Deu um banho no primeiro tempo. O Brasil cresceu após o intervalo.
A seleção de Marta, Formiga e companhia lutou até o fim. Beatriz diminuiu, mas não deu para virar.
Nenhum time, incluindo os de mulheres e os de homens, aliou tanto eficiência e arte quanto a seleção feminina nos dois primeiros jogos.
Só isso já vale a gratidão de quem ama o futebol.
Gracias!