Carrossel Tropical de Marta é sonho; seleção de Neymar, vexame e pesadelo
Mário Magalhães
Quem achou que o 7 a 1 da Alemanha era o fundo do poço enganou-se.
Empatar na Olimpíada em casa contra o Iraque foi um vexame histórico.
Passar duas partidas sem marcar contra os sul-africanos, que por meia hora tiveram um jogador a menos, e os iraquianos é desmoralizante.
Na estreia, a seleção masculina de futebol teve cabeça e membros, ou seja, defesa e ataque. Mas não corpo, o meio-campo.
Na noite deste domingo, não teve nada. Um fiasco.
O América-MG, lanterninha do Campeonato Brasileiro, faria melhor.
Também o Brasil de Pelotas, da segundona.
E o Fortaleza, da terceirona.
Enquanto o Carrossel Tropical de Marta e companhia encanta, Neymar e seus companheiros envergonham.
Incorporam cones, parados, previsíveis.
O Iraque montou um ferrolho? Sim, mas até acertou a trave brasileira.
E desde quase sempre a seleção enfrenta retrancas. Deveria estar acostumada.
O elenco treinado por Rogério Micale reúne medianos, bons, muito bons e ótimos jogadores.
Mas é cada um por si, e jogando mal. E nenhum por todos.
Na estreia, a seleção olímpica havia sido ruim, não horrível. Agora, foi horrorosa.
A paciência dos torcedores já esgotara com o time principal. Mas esse, de jovens, tem muito a ser cobrado.
Empatou com o Iraque em Brasília!
As vaias foram poucas.
A seleção brasileira virou chacota em todo o mundo. E dá-lhe meme!
É possível melhorar? É óbvio. Porque piorar…
E chegar ao ouro? Idem.
Mas o tempo está acabando.
O Carrossel Tropical é sonho.
O time masculino, pesadelo.