Bronca exagerada: fúria com seleção principal respinga no time olímpico
Mário Magalhães
É claro que um time com elenco muito melhor e muitíssimo mais caro que o sul-africano deveria ter vencido ontem.
Ainda mais jogando em casa.
E com um craque como o Neymar.
Mas a seleção olímpica masculina de futebol não passou do empate em zero.
Mesmo com um jogador a mais em dois terços do segundo tempo.
Quase perdeu, pois foi envolvida pela linha de passe adversária.
Nos comentários, a equipe está apanhando que só.
Tem mais é que ser criticada.
A bronca, contudo, parece exagerada.
A seleção poderia ter perdido, mas teve muitas chances de marcar. Antes do intervalo, o goleiro Khune espalmou para escanteio dois chutes do Neymar. Mais tarde, o Gabriel Jesus acertou a trave (ele estava impedido).
Foi uma atuação ruim, não horrível.
Posso estar errado, mas a impressão é que a fúria com a seleção principal respinga na olímpica.
A paciência terminou, depois do 7 a 1 e da eliminação em duas edições da Copa América.
O time foi vaiado em Brasília muito cedo. Como se tivesse de pagar a conta dos fiascos recentes.
Isso vai se resolver quando o futebol da seleção melhorar.
Muito dependerá de forjar um meio-campo mais eficiente.
E de o Neymar jogar o que pode.