Vem aí, em outubro, a maior derrota eleitoral da história do PT
Mário Magalhães
Esta é daquelas previsões da família das que os videntes fazem na TV na virada do ano: um artista famoso vai morrer, um avião cairá, o Messi marcará um golaço…
Ou seja, não tem como errar.
Ei-la: o Partido dos Trabalhadores sofrerá em outubro a mais acachapante derrota eleitoral da sua história.
Em número de votos, vereadores eleitos e prefeituras conquistadas, o desempenho será melhor do que na década de 1980, nos primórdios do partido. Mas a comparação é imprópria, pois três décadas atrás o PT era eleitoralmente raquítico.
Considerando pleitos anteriores, haverá um desastre para o PT. Do ponto de vista político, o revés terá proporções inéditas.
Há muitos motivos, mas nenhum supera o desastroso segundo governo de Dilma Rousseff. A presidente engavetou o programa com que se elegeu. Toca uma administração caótica que sacrifica os mais pobres, aqueles que a sufragaram. Durante 12 anos, os governos do PT serviram para melhorar a vida da maioria dos brasileiros. Isso mudou.
O segundo motivo são as suspeitas de participação ou bênção de petistas na roubalheira investigada pela Operação Lava Jato. Em alguns casos, com provas eloquentes, há mais que suspeição.
Nem o discurso de Lula na sexta-feira, vitaminando a militância que parecia moribunda, evitará o insucesso na eleição municipal, embora seja fator relevante na atual conjuntura.