Blog do Mario Magalhaes

Vamos vaiar mais, galera, que o Alan Patrick fará muitos outros gols

Mário Magalhães

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Alan Patrick, emocionado, ajoelha-se depois de marcar no Maracanã – Reprodução espn

 

Depois que o Alan Patrick abriu ontem o placar na goleada de 4 a 1 sobre o Goiás, tuitei de bate-pronto:

''Vamos vaiar mais, galera, que o Alan Patrick faz outro!''

Não demorou, e ele anotou o segundo, em jogada do Pará.

O tuíte era uma ironia, e ironia nem sempre, ou quase nunca, é percebida.

O Alan Patrick e sobretudo o Pará estavam sendo vaiados por parte da torcida no Maracanã.

O motivo foi a participação numa festinha em horário de folga, junto com outros três jogadores do Flamengo.

A essa altura, em pleno século 21, constitui nonsense patrulhar atitudes como apupar boleiros.

Eu não vaiaria os dois, mas acho legítimo vaiar, cada um na sua.

Assim como é nonsense e autoritário tentar impedir a expressão de quem vai ao estádio para incentivar o time, recusando a vaia.

Se fosse para vaiar, eu dedicaria minha indignação à cartolagem e aos executivos contratados por ela que permitiram, sem reagir à altura, o desempenho da equipe aquém da qualidade do elenco (que é limitado, mas melhor do que sugere o 11º lugar na tabela).

Se a cobrança fosse profissional, os jogadores saberiam que, fora de forma, estariam fora do time. Mas a chefia fez vista grossa, e o clube mais uma vez foi medíocre no Campeonato Brasileiro.

O Alan Patrick merece aplausos pelo jogo de ontem.

Eu continuo a negar a vaia.

Mas, se a galera quiser continuar, tudo bem: vai ver que ele marca mais e mais gols, para responder.

No ano que vem, será bom se o Alan Patrick ficar, mesmo no banco.

Como dizia o João Saldanha, não estou à procura de candidato a genro, mas de bom jogador.

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