Fla segue mal, mas ao menos ninguém falará mais em recorrer a Kleber Leite
Mário Magalhães
Depois de assistir ao Sevilha conquistar a Liga Europa e ao Inter avançar bravamente na Libertadores, eu não vi a despedida do Cruzeiro, despachado pelo River Plate.
Paixão é um negócio complicado: em vez de me ligar no Mineirão, preocupei-me só com o anêmico time do Flamengo, que no Maracanã empatou em 1 a 1 com o Náutico.
Assim foi minha quarta-feira de futebol, temperada pela esperança de que com o Cristóvão Borges o rubro-negro dê uma melhorada que nos livre de maiores vexames neste duro 2015.
Enquanto nossa desarrumada equipe batalhava no Maraca, pela Copa do Brasil, a Polícia Federal vasculhava a Klefer, empresa de marketing esportivo de Kleber Leite.
Aquele mesmo, ex-presidente do Flamengo, cujas finanças não têm nada a agradecer aos tempos do ex-cartola no poder.
O FBI e o Ministério Público dos Estados Unidos, informa o noticiário, associaram o empresário aos esquemas mafiosos em torno de dirigentes da CBF e da Fifa.
A pedido das autoridades norte-americanas, e com respaldo da Justiça brasileira, a PF buscou documentos na Klefer.
Até outro dia havia torcedores do Flamengo, muitos deles de boa intenção, empenhados em pedir a volta de Kleber Leite à condição de mandachuva do clube.
Com o maior escândalo de corrupção do futebol, ninguém terá mais a o desatino de sugerir tal retrocesso.
Para o Flamengo, Kleber Leite nunca foi solução.