Rio, 450: nesta sexta-feira, dois retratos de generosidade e egoísmo
Mário Magalhães
Depois que o pau comeu por aqui contra os franceses, os portugueses, novos bambambãs do antigo pedaço dos índios, proclamaram 1º de março de 1565 como a data de fundação do Rio.
No domingo, portanto, festejamos 450 anos.
Hoje, sexta-feira, deparei-me com duas expressões do que é a nossa alma.
Generosidade: gosto tanto de empadas que por certo tempo, na infância, fui chamado em casa de Mestre Empadinhas; meio século depois de ter vindo ao mundo, comi hoje a empada com mais camarões de toda a minha existência: foram cinco, numa só empada, no Bar do Elias, rua Evaristo de Veiga. Tudo bem que eram pequenos, mas foram cinco camarões!
Egoísmo: poucos minutos mais tarde, um digníssimo guarda municipal, dirigindo um veículo da corporação, saiu do estacionamento junto ao meio-fio, na rua México, derrubou um cone de orientação de trânsito, viu que derrubou, e apesar de ter visto que derrubou não se deu ao trabalho de parar e arrumar.
No geral, vão por mim, a generosidade dos cariocas dá de 7 a 1 no egoísmo.
Tim-tim.