Bandalha sem fim: taxistas piratas caçam passageiros no Galeão
Mário Magalhães
Poucas operações oficiais são tão hipócritas como as que anunciam a moralização do serviço de táxis nos dois principais aeroportos do Rio, o Galeão e o Santos Dumont.
Basta dar uma consultada via Google que se encontra um sem-número de referências a ações públicas que prometem exterminar as diversas variantes da bandalheira.
Ontem foi a vez de testemunhar, pouco depois das duas da tarde, a bandalha no terminal 2 do Galeão (não farei a maldade de empregar o nome do gigante Tom Jobim ao contar a sem-vergonhice infinda lá no aeroporto da Ilha do Governador).
Entre a saída do setor de desembarque e o ponto dos táxis comuns (sobravam automóveis e faltavam passageiros), fui abordado uma, duas, três, quatro, cinco vezes por motoristas com a pergunta: ''Táxi?''.
Não eram os taxistas autorizados a trabalhar ali, e sim condutores de táxis piratas, carros de passeio sem permissão para transporte pago de passageiros.
Alguns deixam os veículos no estacionamento, para onde levam os incautos que não conhecem o esquema.
No Santos Dumont, o despudor é igual.
As autoridades devem saber de tudo, é impossível ignorar.
Por que não coíbem os golpistas?
Fácil imaginar, não?