#CadêoCabral? Ex-governador some da campanha
Mário Magalhães
Um mistério ronda a campanha eleitoral aqui no Rio: que fim levou o ex-governador Sérgio Cabral?
Depois de breve presença na propaganda de seu apadrinhado e correligionário Luiz Fernando Pezão (PMDB), sucessor no governo do Estado e favorito em outubro, o padrinho desapareceu da TV.
É mencionado por seu filho Marco Antônio, candidato a deputado federal cuja eleição é tida como barbada, e na língua ferina (ou felina, como dizia um conhecido meio analfa) dos concorrentes de Pezão.
O candidato à reeleição, que só assumiu o governo em 2014, fala no horário dito gratuito ''eu fiz'' isso e aquilo, no máximo ''nós fizemos''. Mas sem nomear Cabral, o governador por mais de sete anos, período em que Pezão foi vice _antes, na administração Rosinha Garotinho, era secretário.
É evidente que Cabral, que controla a campanha de Pezão, tenta impedir que a sua enorme rejeição contamine o pupilo.
Pezão tem aparecido na campanha com ares de novidade. Sem uma mísera referência ao antecessor que o ungiu candidato.
O sumiço de Cabral é escandaloso, mas nem por isso virou tema jornalístico urgente.
Acabo de espiar a conta de Cabral no Twitter. Sua mensagem mais recente é de 23 de junho. Desde então, não tuitou para seus 151 mil seguidores.
Ele não foi visto na sabatina de Pezão promovida pelo jornal ''O Globo'', nesta sexta-feira.
Já chegou a participar de atividade de rua com o filho futuro deputado.
Depois, nada.
Estará em Paris?
Afinal, cadê o Cabral?