Tecnologia 1 x 0 Conservadores do futebol; a Marselhesa fica para a próxima
Mário Magalhães
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O blog folga em informar que o emprego da tecnologia no futebol marcou um tento histórico neste domingo, 15 de junho de 2014: a vitória de 3 a 0 da França sobre Honduras entra nos anais do esporte menos pelo resultado e mais pelo triunfo do chip eletrônico que elucidou a dúvida sobre a ultrapassagem da bola da linha do gol.
Aos 2 minutos do segundo tempo, o atacante Benzema chutou na trave esquerda, mas a bola não entrou. Ela voltou e foi tocada pelo goleiro Valladares. Então, no ar, passou da linha.
A olho nu, seria difícil ter certeza se foi ou não gol. Com o recurso tecnológico adotado pela primeira vez ,agora na 20ª Copa, o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci pode decidir corretamente.
O computador ajudou-o no seu desempenho muito bom, mais notável ainda por ter ocorrido num Mundial em que se acumulam erros grosseiros de arbitragem.
Os conservadores que não queriam a introdução da tecnologia de modo algum estão inconsoláveis. Em meio tão avesso a mudanças como o futebol, eis uma novidade bem-vinda.
Em campo, a França acertou duas vezes o travessão, antes de Benzema abrir o placar de pênalti, aos 44 min do primeiro tempo. Na jogada de falta, Palacios empurrou Pogba. Corretamente, o árbitro mostrou cartão amarelo ao hondurenho, que já tinha sido amarelado e, portanto, foi expulso.
Aos 2 min da segunda etapa, veio o 2 a 0, na jogada esclarecida com auxílio do chip e das câmeras. O gol foi atribuído ao goleiro.
Caso contrário, Benzema seria o artilheiro isolado do Mundial, porque aos 26 min ele anotou o terceiro da seleção francesa.
Vexame: em virtude de uma pane no sistema de som, os hinos não foram executados antes da partida no belíssimo Beira-Rio. A Marselhesa fica para a próxima.
Honduras poderia ter tido melhor sorte se, em vez de se dedicar tanto a bater, tentasse jogar mais.