Blog do Mario Magalhaes

Até contra time fraco, como o Panamá, Brasil é dependente de Neymar

Mário Magalhães

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Não representa novidade, mas a goleada de 4 a 0 do Brasil contra o Panamá demonstrou que, mesmo contra times fracos, Neymar é decisivo para a seleção. O Brasil depende dele.

Diante de equipes fortes, feito a Espanha na Copa dos Confederações do ano passado, Neymar fez a diferença. É o que se espera dele no Mundial 2014.

Nesta terça-feira, ele jogou muito, abrindo o caminho da goleada numa partida em que o Brasil começou adormecido, se a comparação for feita com seus melhores momentos de 2013.

Nos 15 minutos iniciais, deu mais Panamá, que contudo só viria a concluir com perigo na segunda etapa.

Além de marcar e dar passes valiosos, Neymar mudou o humor do time, ao levantar o pé em dividida, trocar provocações com adversários, reclamar com o árbitro.

Até os 25 min, a seleção apostava em lançamentos errados e sem perigo. Os panamenhos se animaram e deram espaço para contra-ataques. Num deles, Neymar arrancou, sofreu falta, cobrou-a e, brilhantemente, abriu o placar.

Em seguida, botou a bola entre as pernas de um defensor e cruzou para Fred quase marcar de cabeça.

Sem se intimidar, e como era amistoso, devolveu a bola que um oponente lhe jogou com as mãos, e ambos levaram amarelo.

O gol de Daniel Alves, aos 39 min, foi o único que não teve participação protagonista de Neymar.

Antes de completar o primeiro minuto do segundo tempo, Neymar deu um passe inspirado, de calcanhar, para Hulk, que anotou o terceiro.

Logo Neymar arrancou pela direita e cruzou na cabeça de Fred, que desperdiçou.

Então, o atacante do Barça partiu pela esquerda, concluiu, e o goleiro espalmou para escanteio.

Aos 22 min, Neymar deu um drible macunaímico, levou uma paulada e conseguiu cartão amarelo para seu marcador.

Willian deixou o seu aos 27 min, em passe de Maxwell. Quem deixou o lateral-esquerdo na frente do gol? Ele mesmo, Neymar.

Que depois deu bicicleta, cobrou falta, chutou, acabou com o jogo.

Cada um lê do modo que quiser: é ótimo que Neymar esteja tão bem; e é ruim que, até em partida contra time fraco,  a seleção dependa tanto dele.

Se Neymar jogar tudo isso na Copa, o Brasil chega mesmo muito forte.