Blog do Mario Magalhaes

Arquivo : fevereiro 2014

Por que derrubaram Jango (8)
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Mário Magalhães

blog - jango especuladores vale

Primeira página da “Folha de S. Paulo”, 25.fev.1964

 

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Em fevereiro de 1964, o presidente constitucional João Goulart aumentou o salário mínimo em 100%.

Porém, com a inflação a galope, o poder aquisitivo dos salários era corroído vorazmente.

Por isso, logo depois do anúncio do mínimo dobrado, o governo prometeu a montagem de “um regimento contra os sonegadores e especuladores”. Tentaria aumentar a arrecadação e impedir a disparada dos preços.

Os comerciantes, a começar dos gigantes do setor, espernearam, considerando seus interesses ameaçados.

Há 50 anos, em 24 de fevereiro de 1964, faltavam 38 dias para o golpe de Estado que deporia o presidente.


Enquanto crime for chamado de excesso ou abuso, violência policial seguirá
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Mário Magalhães

A repórter Giuliana Vallone, ferida – Foto reprodução

 

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E tem gente que acha que o passado é só passado, assunto para arqueólogos e curiosos.

Sempre que alguém se empenha em minimizar ou relativizar os crimes de agentes públicos na ditadura (1964-85), classifica-os não como crimes, mas como excessos ou abusos.

Quem torturou cidadãos sob custódia do Estado, estuprou-os, assassinou-os em dependências públicas e sumiu com cadáveres não foi autor de excessos, a não ser que se tenha condescendência com seus atos. O funcionário público cometeu crimes.

Agora, fala-se em abusos e excessos de policiais contra manifestantes e jornalistas nas manifestações que tiveram seu auge em junho de 2013.

A repórter da foto acima, Giuliana Vallone, foi alvo de uma bala de borracha disparada de propósito por um PM contra ela, que cobria profissionalmente um protesto em São Paulo. Crime. Não empregar esse substantivo, trocando-o por eufemismos, contribui para tolerar atitudes de foras da lei. Fardados, mas foras da lei.

Abusos e excessos não exigem investigação oficial, processo judicial, julgamento e punição. Crime, sim.

Os repórteres Reynaldo Turollo Jr. e Giba Bergamin Jr. informam nesta segunda-feira que, desde as jornadas de junho, nenhum PM foi punido por agredir manifestantes e jornalistas em São Paulo (leia aqui).

Em dez episódios de violência de PMs com grande repercussão, apenas um policial foi identificado.

Em suma, grassa a impunidade (no Rio, também).

Enquanto nenhum PM foi processado, três manifestantes foram.

O fotógrafo Sérgio Silva perdeu um olho. Que PM atirou contra ele? Imagina se a polícia descobriu.

O primeiro passo para superar a impunidade é qualificar as coisas como elas são: atirar a queima-roupa (agressão ou tentativa de homicídio), surrar pessoas (idem) e outras violências não constituem excesso. São crimes.

E quem comete crime é criminoso. Ontem e hoje.


Palavras malditas (10): evidência
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Mário Magalhães

Máquina de escrever de meados dos anos 1960 – Reprodução “The New York Times”

 

De uma praga as legendas da viciante série televisiva “True Detective”, no HBO, não escaparam: a maldita tradução automática do substantivo inglês “evidence” para o português “evidência”.

Um saco para guardar provas vira saco de evidências.

Já li em jornal e livro que alguém foi inocentado por falta de evidências, mudando a tradição secular da falta de provas.

Nos filmes, nenhum tira diz mais que não há provas contra o suspeito, e sim que não existem evidências.

Às vezes, evidence é mesmo evidência.

Porém, no contexto do Judiciário e da investigação policial, significa quase sempre, em bom português, prova.

Noutras palavras: acumulam-se provas contra os réus no processo da morte do Amarildo, e não evidências. Porque o processo corre no Rio, e não em Nova York.

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‘O alarme’, por Luis Fernando Verissimo
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Mário Magalhães

Luis Fernando Verissimo, torcedor colorado – Foto Zanone Fraissat/Folhapress

 

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Depois não digam que não avisaram. O Luis Fernando Verissimo dá o toque:

* * *

O alarme

Luis Fernando Verissimo

Quem viu o filme de Stanley Kubrick, 2001 – Uma Odisseia no Espaço, se lembra do monólito, aquela pedra lisa encontrada por astronautas em Júpiter que se revela estar ali há milhões de anos como uma espécie de alarme. Sua descoberta por terrenos significaria que essa raça predatória e assassina já tinha a capacidade técnica de invadir, e fatalmente envenenar, o Universo. O monólito era um aviso. Esta interpretação não fica clara no filme, mas o título do conto de Arthur C. Clarke no qual Kubrick e o próprio Clarke basearam seu roteiro é O Sentinela.

Haveria um momento na vida das pessoa ou das sociedades em que funcionaria um alarme parecido com o que alertou o Universo para a chegada dos temíveis humanos, no filme. Pode-se especular sobre qual seria esse momento para um judeu na Alemanha, nas primeiras manifestações do nazismo, por exemplo. Seria a pregação racista do partido mesmo antes de assumir o poder?

Para ler a íntegra, basta clicar aqui.


Itaú anuncia recolhimento de agendas que promovem ‘revolução de 1964’
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Mário Magalhães

 

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O Itaú anunciou que começou o recolhimento das agendas 2014 que promovem o dia 31 de março como “aniversário da revolução de 1964”. De acordo com o banco, todas as agendas restantes serão recolhidas. O Itaú não respondeu às perguntas do blog sobre quantos exemplares foram impressos e quantos foram distribuídos aos clientes.

Eis a nota enviada há pouco pela assessoria do banco:

“A inclusão da frase na agenda foi equivocada, em nada reflete o DNA e as crenças do Itaú Unibanco. Lamentamos o desconforto causado. Somos uma instituição financeira que respeita a diversidade de pensamentos e ideias e a democracia. Reiteramos que o banco nunca pretendeu defender uma posição política no conteúdo entregue aos correntistas e que já estamos recolhendo as agendas com esta frase que ainda existem em nossas agências”.

Trata-se de mudança de tom em relação à primeira manifestação, na quinta-feira passada. Ei-la:

“O Itaú Unibanco informa que a agenda distribuída aos clientes conta com informações sobre datas relevantes ao longo do ano. O banco é apartidário e, em hipótese alguma, pretende defender uma posição política no conteúdo entregue aos correntistas”.

Na véspera, 12 de fevereiro, o blog havia revelado a existência da agenda com referência simpática ao golpe de Estado que depôs o presidente constitucional João Goulart em 1º de abril de 1964. O post “50 anos depois, agenda do Itaú ainda trata golpe como ‘revolução de 1964′” pode ser lido clicando aqui.

Os vínculos do Itaú com a ditadura (1964-85) foram tamanhos que um dos seus controladores, Olavo Setubal (1923-2008), foi prefeito nomeado (sem voto popular) de São Paulo, de 1975 a 79.

A notícia sobre o recolhimento das agendas foi dada em primeira mão pelo blog do meu velho e querido companheiro de redação Marcelo Rubens Paiva (leia aqui o post do Marcelo).


Por que derrubaram Jango (7)
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Mário Magalhães

blog - jango mitos

Primeira página da “Última Hora”, 22.fev.1964

 

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O título mais indicado para este post seria “Por que derrubaram Jango… tão facilmente”.

Sim, porque foi quase nula a resistência ao golpe de Estado que em 1º de abril de 1964 depôs o presidente constitucional João Goulart.

O próprio Jango se recusou a enfrentar os golpistas, não atendendo aos apelos do deputado federal Leonel Brizola, seu correligionário e cunhado, gaudério corajoso, que não queria se entregar pros homens.

Um dirigente comunista que se empenhou nas ruas para barrar a deposição, Carlos Marighella, esbravejaria _com ou sem razão_ por muito tempo:

“Esse Jango é frouxo”.

Depois de desencadeado o movimento antidemocrático de militares e civis golpistas, Goulart preferiu jogar a toalha, alegando o receio de que numa guerra civil jorrasse demasiado sangue de irmãos. Homem de entendimentos e de coração generoso, o herdeiro político de Getulio Vargas era mesmo avesso a confrontos. Outra interpretação sustenta que, empresário rico e proprietário de vastas extensões de terras, o presidente temia que do embate fratricida resultasse uma revolução popular em que perderia a fortuna.

Brizola insistiu, e Jango disse não, antes de se refugiar no interior do Rio Grande do Sul e em seguida partir para o exílio, de onde só regressaria morto.

Uma das maiores ilusões de Jango, ainda presidente, está contida na manchete da “Última Hora” carioca em 22 de fevereiro de 1964: “Jair reafirma a confiança do Exército em seu chefe supremo: ‘Não tememos fantasmas'”.

Pois deveriam temer. Jair Dantas Ribeiro, homem honrado, era o ministro da Guerra, título então do comandante do Exército. O que ele afirmou, em cerimônia com a presença de Jango, na Vila Militar, é que eventuais golpistas fardados não teriam chance de êxito.

Em seu discurso, o presidente declarou: “O Exército Brasileiro tem uma tradição, da qual muito se orgulha, a de estar sempre identificado com as tradições mais sentidas do povo brasileiro”.

Disse mais: “Daí eu estar certo, conforma salientou o ilustre ministro da Guerra, de que as reformas de base, de que tanto necessita o nosso desenvolvimento, hão de se processar pacificamente, dentro da lei e de acordo com os princípios cristãos que nos inspiram, para que conquistemos a total emancipação deste país”.

Logo o comando do Exército golpearia Jango, a Constituição e a democracia.

A “culpa” do golpe não é de Jango, ao contrário do que sentencia certa historiografia, mas dos golpistas.

O que não elimina os erros do presidente. Ele confiou num suposto “dispositivo militar” que lhe garantiria a fidelidade na cúpula das três Forças Armadas. Coordenava o dito dispositivo o chefe do Gabinete Militar de Jango, general Argemiro de Assis Brasil.

Entre um copo e outro, Assis Brasil bravateava:

“Nosso esquema é invencível”.

Por levar a sério o general fanfarrão, João Goulart e muitos dos seus aliados se surpreenderam quando os opositores romperam com a ordem constitucional e triunfaram sem sustos.

A ditadura vigoraria por 21 anos.

Há meio século, em 20 de fevereiro de 1964, faltavam 42 dias para o golpe.


O escritor e o zumbido, por Paulo Scott (ou o silêncio partiu para sempre)
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Mário Magalhães

Paulo Scott venceu a categoria de melhor romance com o livro "Habitante Irreal"

O escritor Paulo Scott – Foto Adriano Vizoni/Folhapress

 

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Topei com a coluna do Paulo Scott, no Blog da Companhia, e a pergunta se abrigou na minha cabeça como o zumbido nos ouvidos do poeta, contista e romancista: se, como o Paulo Scott, eu tivesse há oito anos, como ele escreve, “um apito soando ininterruptamente dentro da cabeça”, será que eu aguentaria?

O zumbido é uma disfunção que veio para ficar, assim como o silêncio _silêncio-silêncio, sepulcral_ se foi para sempre.

O Paulo Scott aprendeu a conviver com o barulho intruso. Abaixo, seu texto:

* * *

A festa e a passagem

Por Paulo Scott

Na primeira vez que passei o carnaval no Rio de Janeiro, já sob a dinâmica deste ressurgimento dos blocos de rua — fenômeno que vem num crescendo espantoso desde o início dos anos dois mil —, ouvi de um casal de amigos cariocas que o bom da festa é a chance de ficar em silêncio e apenas sorrir, sorrir sem parar; lembro-me dela ter dito que no sorrir silencioso estava o segredo da desintoxicação existencial que só o carnaval propicia. Não me lembro de ter chegado perto de bloco de carnaval de rua ou de qualquer outra modalidade de carnaval naquele ano, lembro sim de passar o feriado encerrado nas sessões das salas de cinema de Botafogo, aqueles ambientes escuros e refrigerados onde se você tiver sorte de contar com assistentes civilizados poderá apreciar o que justamente o cinema tem de melhor (algo que a lógica da televisão, dos produtos para a televisão, por exemplo, jamais nos entregará): o silêncio, preciosos momentos de silêncio.

Há mais de oito anos sofro de uma condição física anômala chamada Tinittus, uma disfunção conhecida como zumbido constante nos ouvidos; é como se houvesse um apito soando ininterruptamente dentro da sua cabeça. Quando os sintomas surgiram e se intensificaram, busquei o melhor aconselhamento médico imaginável, consultas, exames, tratamentos, até chegar o dia em que, percebendo que o zumbido tinha vindo para ficar, eu simplesmente me resignei — embora baixo, há um percentual de pessoas afetadas por essa condição que se desestabilizam psicologicamente de maneira grave, principalmente quando se trata de um detalhe bem particular na rotina de todos nós, que é: conseguir dormir. Eu me dei conta de que o melhor a fazer era ignorar a orquestra de cigarras que vieram morar dentro da minha capacidade de ouvir e tocar a vida. Não houve drama.

Para ler a íntegra, basta clicar aqui.


Palavras malditas (9): figurinha carimbada
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Mário Magalhães

Na “Tribuna da Imprensa”, em 1986, eu escrevia em máquinas – Foto multtclique.com.br

 

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É raro como figurinha carimbada jornalistas empregarem corretamente essa expressão: ao contrário do que supõe o pessoal, figurinha carimbada quase não aparece, em contraste com o arroz ou peru de festa, que está sempre presente.

Como lemos e ouvimos, costuma-se dizer que o PMDB é figurinha carimbada nos governos. Que o Wilson Grey _quem é o seu sucessor?_ era figurinha carimbada nos filmes nacionais. Que o Paulo Coelho é figurinha carimbada nas listas de best-sellers. E que o Neymar e o Júlio César são figurinhas carimbadas nas convocações do Felipão.

Ocorre o oposto.

Quem teve a chance de colecionar álbuns lá nas antigas, sabe que a figurinha carimbada era impressa em muito menor quantidade que as outras. Era o cromo difícil de encontrar nos envelopes. Aqueles que nós trocávamos por dez, 20 ou mais figurinhas não carimbadas, as fáceis.

Álbum de figurinha também é cultura.

 


Chega ao Rio ‘Ensaio de Casamento’: amores de Shakespeare, amores da gente
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Mário Magalhães

blog - ensaio de casamento

Maria Marighella e Wanderley Meira, em “Ensaio de Casamento”, peça que estreia hoje no Rio – Foto divulgação

 

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Com o jamegão do heterônimo Álvaro de Campos, Fernando Pessoa escreveu que “todas as cartas de amor são ridículas”, e “não seriam cartas de amor se não fossem ridículas”. Talvez achasse também ridículo o amor. Poetou, com firma própria, “tenho pena de quem tem de amar”. O português entendia pouco de amor e paixão e viveu-os pouquíssimo.

Quem conhecia mesmo carne e coração era William Shakespeare. Como diria a cantora Rosana, o negócio do bardo era amor & poder. Com o dramaturgo inglês, o amor pode ser ridículo, como volta e meia é mesmo. Porém, é mais que isso. É desejo, ciúme, prazer e insanidade _quem nunca fez uma loucura por amor ou paixão não sabe o que está perdendo; ainda é tempo de surtar.

Casais shakespearianos, como Romeu e Julieta, inspiram “Ensaio de Casamento”, espetáculo teatral que estreia hoje no Rio, depois de colher ovações de plateias baianas. A montagem mostra um casal de atores em crise, enquanto ensaia uma peça e interpreta cenas de Shakespeare e seus homens e mulheres tantas vezes destrambelhados pelas desventuras amorosas.

“Ensaio de Casamento” tem no elenco Maria Marighella e Wanderley Meira, o autor do texto. A direção é de Nadja Turenkko. Não custa dizer que sou amigo (e fã) da Maria, neta de Carlos Marighella.

O espetáculo fica em cartaz de hoje a sábado, na Caixa Cultural do Rio, a partir das 19h. Com preços civilizados, os ingressos custam R$ 10 e, a meia, R$ 5.

Tremenda pedida para quem gosta de teatro e dos amores de Shakespeare, que no fundo são os amores da gente.

Abaixo, reproduzo trechos do release distribuído aos jornalistas, com mais informações.

* * *

Romeu e Julieta, Otelo e Desdêmona e Catarina e Petruchio entrarão em cena na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, no espetáculo “Ensaio de Casamento”, em cartaz de 19 a 22 de fevereiro. Os personagens shakespearianos misturam realidade e ficção com o casal da peça, vivido pelos atores Maria Marighella e Wanderley Meira. Dirigidos por Nadja Turenkko, os protagonistas interpretam atores que colocam em xeque a continuidade do seu casamento enquanto ensaiam “Nossa peça de separação” e revivem trechos de autoria de Shakespeare.

O texto, assinado por Wanderley, traz histórias cruzadas para colocar em pauta a paixão, o ciúme, o amor e o fim de uma vida a dois. Propositalmente, os atores-personagens não têm nome em cena, e incorporam a vida e o nome dos próprios personagens que vivem, ensaiam a peça e refletem sobre sua relação pessoal. O projeto tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

O espetáculo se apoia, na sua concepção cênica, na Arte da Mímica Corporal Dramática de Etienne Decroux, técnica que traz para o corpo os princípios que regem a própria estrutura do drama (o conflito e a ação). Desde a construção metafórica do “lugar” da ação metalinguística até a preparação dos atores para a construção das diversas “máscaras” cênicas, tudo estabelece um diálogo com essa linguagem. “Falamos aqui de rasuras, de incompletude, de intervalos a serem preenchidos pelo olhar do público, típicos de uma arte moderna, que constrói a cena a partir de simbolismos”, explica a diretora.

A dubiedade que marca a encenação e o texto se completa na composição e na execução dos elementos cênicos. A trilha sonora é gerada da caixa cênica e da plateia. A iluminação transita entre a luz branca de um ensaio e as cores e temperaturas da memória e dos sentimentos. O figurino parte da roupa de base dos atores e se espalha pelo palco, com máscaras e evocações de outras dos personagens e personas vividos pelos atores. E o cenário tem como base um conjunto de picadeiros praticáveis que começa como um bolo de casamentos e vai se transformando ao longo da peça.

A montagem de “Ensaio de Casamento” rende uma homenagem ao teatro, oferecendo ao público a possibilidade de se infiltrar no ensaio geral de um espetáculo, testemunhando, além da intimidade do casal, as inseguranças, incertezas, medos e angústias dos atores às vésperas da estreia do seu trabalho. A frase-mote da peça “Vamos continuar”, confunde personagens e público, num labirinto de sentimentos e expectativas sobre a continuidade do ensaio ou a continuidade do casamento.

Serviço:

Espetáculo “Ensaio de casamento”

Dias: 19 a 22 de fevereiro (quarta-feira a sábado)

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro de Arena

Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)

Telefone: (21) 3980-3815

Horário: 19h

Entrada:  R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia-entrada.

Duração: 60 minutos

Lotação: 189 lugares

Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h

Classificação: 14 anos