No Carnaval de Cabral: Época revela que PF descobriu suposta propina de 5%
Mário Magalhães
( O blog está no Facebook e no Twitter )
Ignoro se Sérgio Cabral passará o Carnaval em Paris, a cidade dos guardanapos, se viajará de helicóptero para sua casa de Mangaratiba ou se desfilará pela Sapucaí, esperançoso de receber ao menos um aplauso das arquibancadas.
O certo é que os próximos dias do governador do Rio de Janeiro serão menos tranquilos do que foram até hoje, quando a revista ''Época'' chegou aos assinantes com uma reportagem faiscante: a Polícia Federal colheu documentos que, de acordo com a investigação, sugerem que um secretário de governo e um sócio de Cabral teriam recebido propina da empreiteira Camargo Corrêa.
Eis o enredo, conforme o furo de autoria do repórter Raphael Gomide:
1) em 2007, Sérgio Cabral renovou antecipadamente, sem licitação, a concessão do Metrô Rio, em favor da Opportrans. No negócio, a concessionária se comprometeu a pagar R$ 40 milhões que o Estado do RJ devia à Camargo Corrêa;
2) em 2009, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal recolheu documentos na sede da construtora;
3) os R$ 40 milhões foram pagos em 12 parcelas mensais. A cada parcela saldada, a ser procedente a interpretação policial, a Camargo Corrêa transferia exatamente 5% do valor para um secretário estadual ou para um sócio do governador numa empresa de comunicação;
4) há farta documentação indicando o alegado ''agrado'' de 5%, mostram reproduções na revista.
Os investigados que se manifestaram negam a existência de crimes.
A íntegra da reportagem pode ser lida clicando aqui.