‘Parece um tutorial’, diz garota sobre sexo em ‘Azul é a cor mais quente’
Mário Magalhães
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Delicadeza e filme de pegada forte não costumam combinar, ao contrário do belo ''Azul é a cor mais quente'', vencedor da Palma de Ouro em 2013.
O campeão de Cannes conta o romance de duas mulheres, uma saindo do ensino médio, outra estudante universitária. Seu maior desafio, as flamejantes cenas de sexo, não só é tirado de letra como compõe a seleção de melhores sequências (outra é a da briga entre as namoradas e amantes).
Além de lindas, Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux se entregam com talento e disposição à encenação do amor. Em algumas salas paulistanas e cariocas, senhoras de Santana e viúvas do Lacerda se retiram, ultrajadas com o que tomam por libertinagem.
O comentário mais engraçado que eu ouvi ou li até agora foi de uma adolescente, acompanhada de três amigas. Desdenhando de qualquer impacto dramático ou sensual do sexo vivido na tela em mil & uma posições, a jovem deu de ombros, na saída do cinema: ''Parece um tutorial'' (de como transar).
Não concordo, mas a sacada é espirituosa.