Blog do Mario Magalhaes

Palavras malditas (3): eu, particularmente

Mário Magalhães

Na “Tribuna da Imprensa”, em 1986, eu escrevia em máquinas – Foto multtclique.com.br

 

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''Eu, particularmente'', comete o escriba, antes de pontificar sobre tudo e todos.

Só pode ser. ''Eu, coletivamente, acho isso e aquilo'' é que não há de ser.

''Eu, fantasmagoricamente'', só cairia bem nas bocas do Pluft e do Gasparzinho.

Mais do que quem escreve, oradores cultuam o ''eu, particularmente''. Talvez suponham que se tornam sábios, sem saber que o advérbio os condena.

''Eu, particularmente, penso que…'' constitui redundância e atentado ao bom gosto.

''Eu penso que…'' pode anteceder qualquer asneira, mas evita uma barbaridade a mais.