Lançamento na 2ª-feira: ‘Queimando as traves de 50’, livro de Bruno Freitas
Mário Magalhães
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No dia 16 de setembro de 1993, eu estava na Granja Comary e testemunhei a humilhação a que submeteram o Barbosa, bode expiatório da debacle na Copa de 50. Não deixaram o velho goleiro falar com os jogadores e, intimidado, ele não insistiu. Só o Zagallo, coordenador-técnico do treinador Parreira, foi ao seu encontro.
Dias depois o Brasil decidiria contra o Uruguai uma vaga no Mundial de 94. O Barbosa poderia ser um sinal de mau agouro, temeram os bambambãs da seleção. Ele próprio tomou distância, para mais tarde não o chamarem de pé-frio, afirmou. O João Máximo e eu contamos na “Folha de S. Paulo”.
Um dos personagens mais trágicos da história nacional, e não apenas do futebol, o Barbosa ressurge agora em livro do Bruno Freitas, colega do UOL, pela editora iVentura, cujo lançamento será na próxima segunda-feira aqui no Rio (convite acima): “Queimando as traves de 50: Glórias e castigo de Barbosa, maior goleiro da era romântica do futebol brasileiro”.
Pus as mãos no livro ontem, ainda não tive tempo de o ler inteiro. Mas devorei o capítulo que reconstitui o episódio de 1993 em Teresópolis. Uma imensa covardia contra o gigante do gol que carregou até o fim da vida uma culpa que não era só dele, e nem “culpados” havia _jogo de futebol se perde e se ganha, e os uruguaios mereceram o triunfo.
Até hoje dói mais rememorar as maldades contra Barbosa do que a queda diante da Celeste. Grande ideia do Bruno Freitas. Dedicarei o fim de semana a ler o seu livro.