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Um dos deputados mais identificados com a pregação histórica de Leonel Brizola (1922-2004) abandonou o PDT, acusando “dirigentes inescrupulosos” de terem transformado o partido em “legenda de aluguel” e “balcão de negócios”.

Ex-oficial da Polícia Militar, Paulo Ramos anunciou a saída em discurso na Assembleia Legislativa do Rio (para assistir ao pronunciamento, basta clicar na imagem acima). Ele afirmou que deixa a agremiação por se manter “fiel ao ideário partidário”.

A retirada de Ramos favorece o ex-ministro Carlos Lupi, que controla o PDT. E enfraquece os netos de Brizola, que fazem oposição interna a Lupi e de quem Paulo Ramos era aliado.

Ramos não mencionou o nome de Sérgio Cabral ao falar no plenário na quinta-feira, mas a já longeva adesão do PDT ao governador foi um dos principais motivos do seu rompimento. Ao lado de Marcelo Freixo (Psol), o deputado se destaca na minoria contra Cabral na Alerj. Ele ainda não informou qual será seu novo partido.

Se o tom crítico contra os meios de comunicação, as Organizações Globo em particular, são critérios de identidade com Brizola, não havia deputado mais brizolista no PDT do que Paulo Ramos. No passado recente, ele tinha a companhia da deputada estadual Cidinha Campos, mas ela, que permanece pedetista, aderiu à base do governador.