Na vitória do Flu, outra ótima notícia para o Brasil: Fred volta tinindo para a Copa das Confederações
Mário Magalhães
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O Fluminense que venceu o Emelec por 2 a 0 e passou às quartas-de-final da Libertadores, não é candidato ao título pelo que tem jogado ou jogou em São Januário. É forte pelo que pode jogar, se restabelecer o alto nível com que conquistou o Campeonato Brasileiro de 2012. O próximo adversário será o argentino Tigre ou o paraguaio Olímpia.
A noite de ontem não merece ser celebrada só pelos tricolores, mas por quem anda preocupado com as perspectivas da seleção para a Copa das Confederações. Atacante mais qualificado para ser o centroavante do time de Felipão, Fred voltou tinindo, depois de um mês parado por contusão muscular. Não há hoje ninguém mais indicado para titular na configuração do técnico que exige um centroavante enfiado na zaga adversária.
Fred comandou a equipe. Depois do susto inicial, quando Cavallieri defendeu um chute cara a cara de De Jesús, o atacante infernizou a defesa do Emelec, que logo viu um cartão amarelo quando o capitão tricolor levou uma braçada. Caçado, Fred teve a testa avermelhada e inchada em choques.
Aos 27 minutos, Fred sofreu falta de Narvaez na intermediária direita da defesa do Emelec. Jean cruzou, e Fred marcou de cabeça. Já bastaria, pelo peso maior do gol do Fluminense fora, em Guaiaquil, quando perdeu por 2 a 1.
Confiante, Fred cobrava o juiz e colhia mais amarelos para a equipe equatoriana, que bateu muito. Aos 35 minutos, correu em cima do árbitro, depois que Carlinhos levou um carrinho de Valencia, que não foi amarelado.
“Tou me sentindo bem”, disse Fred no intervalo, com uma voz _eu nunca me dera conta_ que lembra a de Herbert Vianna quando tinha a sua idade.
Com 1 minuto do segundo tempo, Fred deu um passe certeiro para Thiago Neves, que poderia ter saído na cara do gol, mas se atrapalhou com a bola. Fred levou mais empurrões e também empurrou. Ganhou um soco no peito. Voltou no velho estilo lutador.
Só saiu, cansado, depois da expulsão de Achilier e antes da de Quiñonez, perdas do Emelec seguidas do gol de Carlinhos. Foi um prêmio para o lateral, que no Equador marcava legalmente um oponente quando o árbitro inventou o pênalti que deu a vitória ao time da casa.
No segundo tempo, o Fluminense foi pressionado e poderia ter sofrido o empate. Um problema a resolver com urgência é a lentidão do meio-campo. Há uma ótima referência de padrão a buscar: a eficiência de Fred, que está inteiro para a Libertadores e a Copa das Confederações.