Cuca, Guardiola e Bielsa: depoimentos sobre a emoção como alma do futebol
Mário Magalhães
A certa altura do ''Bem, Amigos!'' de ontem, Paulo Cesar Vasconcellos perguntou ao Cuca sobre como ser um técnico tão popular nos clubes por que passou. A resposta:
''Tem muita emoção junto, às vezes deixamos a razão de lado e trabalhamos com a emoção''.
Pouco antes, eu assistira à entrevista do Pep Guardiola a João Castello Branco. O catalão pontificou:
Sobre a seleção brasileira de 1982, o técnico do Manchester City sentenciou: ''Essa seleção foi a mais maravilhosa que existiu. Um livro é bom, um filme é bom, um time é bom quando passam, 20, 30, 40 anos e ainda falam deles. E desse time ainda falam. E, se falam, é porque desperta emoção''.
Dias atrás, o Marcelo Bielsa dissera, num seminário promovido pela CBF no Rio, depois de mencionar as emoções proporcionadas historicamente pelo futebol brasileiro:
''A emoção é o talento mais importante do treinador''.
O argentino observou a emoção que o Tite demonstrara ao evocar antigos escretes. Emendou:
''A emoção é chave para o treinador''. Sem ela, é difícil convencer.
Três grandes figuras concordam: a emoção é a alma do futebol.
Noutras palavras, o futebol é sobretudo paixão.