É possível negar #MoroOrgulhoBrasileiro ou #ConfioEmLula e não se omitir
Mário Magalhães
Ao contrário do que trombeteiam as fanfarras em dia de exasperação, é possível recusar tanto a barricada #MoroOrgulhoBrasileiro quanto a trincheira #ConfioEmLula, embora ambas sejam legítimas.
No caso do jornalismo, não é somente possível, mas recomendável.
Quem é a favor de justiça não se omite ao não aderir aos contendores (sim, contendores: juiz deve agir como magistrado e parecer magistrado, e não se comportar como antagonista de réu).
Ao menos os que predicam justiça escrupulosa (pleonasmo), sem engrossar com uns e amansar com outros, sem se apressar aqui e retardar acolá, em que todos são iguais perante os tribunais, em que ninguém está acima da lei, assim como ninguém está abaixo dela, em que ninguém sentencia depois de ter manifestado opinião, sobretudo fora dos autos.
O Brasil ganha quando criminosos são punidos.
E perde quando criminosos permanecem impunes.
Bem como perde quando inocentes são condenados.
E ganha quando inocentes são inocentados.
Que se faça justiça, seja ela qual for _eis um desejo que não equivale a omissão.
(P.S., atualizando: #MoroOrgulhoBrasileiro versus #MoroPersegueLula)