Não há seleção no mundo que jogue o que Real Madrid e Bayern jogaram hoje
Mário Magalhães
Pode escolher: Alemanha, Espanha, Bélgica, Itália, França, Portugal, Inglaterra…
Ou Brasil, se preferir o melhor escrete da América do Sul _e um dos melhores do planeta.
Não há hoje seleção nacional que jogue tanto quanto Real Madrid e Bayern de Munique jogaram há pouco no Santiago Bernabéu.
Com o triunfo de 4 a 2, os donos da casa passaram à semifinal da Champions.
Os gols nos 90 minutos (mais acréscimos) foram marcados por Lewandowski (de pênalti), Cristiano Ronaldo e Sergio Ramos (contra).
Na prorrogação, o atacante português anotou mais dois, um dos quais impedido. Asensio fechou o placar.
Desde o fim da primeira etapa, com a expulsão (injusta) de Vidal, os visitantes ficaram com dez.
Foi uma partida espetacular, em um nível impensável, nos dias que correm, até em Copa do Mundo.
Porque inexiste seleção que possa reunir, como o clube bávaro, Neuer, Vidal, Thiago, Robben, Hummels.
E, como o madrilenho, Ramos, Marcelo, Kross, Casemiro, sobretudo Cristiano Ronaldo.
E demais craques, dos dois lados, incluindo os que se aposentaram das suas seleções.
O confronto desta terça-feira opôs contendores bons atrás, no meio e na frente.
Com intensidade permanente, com jogadores que veem o campo inteiro, sem se acomodar na posição-base.
E de características diferentes: o Bayern com mais gosto pela posse de bola, o Madrid mestre em contra-ataques.
Ambos com tamanhas forças que conseguiram sufocar o adversário gigante.
Até o encurralado respirar e devolver a pressão.
No primeiro tempo, a velocidade foi tal, e tão permanente, que o jogo parecia vídeo exibido com aceleração excessiva.
Se alguma seleção chegar ao ano que vem no nível dos protagonistas do clássico clubístico de hoje, terá chance de atropelar na Rússia.