Blog do Mario Magalhaes

A carruagem virou abóbora: o Barcelona espetacular ficou no passado

Mário Magalhães

A Juventus sobrou nos 3 a 0 sobre o Barcelona – Foto Miguel Medina/AFP

 

O Barcelona carruagem, dos 6 a 1 no PSG, ficou para trás.

Voltou à condição de abóbora, a mesma do vexame de 0 a 4 para o PSG e de 0 a 2 para o modestíssimo Málaga.

Perdeu há pouco por 3 a 0 para a Juventus, pela Champions. Poderia ter levado mais, se o Higuaín não desperdiçasse muitas chances.

Os visitantes mostraram que não aprenderam as lições da goleada sofrida em Paris. Não entraram de salto alto, mas deram liberdade excessiva para um gigante do futebol. O Barça manteve a bola no pé, mas pouco pressionou a saída de jogo adversária. Ofereceu espaços, bem aproveitados sobretudo pelo Dybala.

Aos 2 minutos, o Higuaín já cabeceava sozinho, com defesa do Ter Stegen.

Logo o Cuadrado recebeu na direita bola vinda da esquerda. Tocou para o Dybala abrir o placar. Nenhum dos vários marcadores que cercavam o argentino se aproximou para impedi-lo de chutar.

Depois de o Buffon espalmar chute do Iniesta cara a cara, em bola enfiada pelo Messi, a Vecchia Signora ampliou. Agora em jogada pela esquerda, Mandzukic tocou para o Dybala anotar.

A equipe catalã, mais uma vez, comprovou que hoje é mais um elenco estrelado do que poderio coletivo.

Os anfitriões, ao contrário, se organizaram muitíssimo bem na defesa, avançaram organizados e rápidos ao ataque _um time no rigor da palavra.

O Massimiliano Allegri deu um banho no Luis Enrique. Até como defensor o Daniel Alves foi bem.

Ao escalar de saída o Mathieu, variando como zagueiro pela esquerda ou lateral, o técnico espanhol deixou clara uma opção mais contida, porém mal executada. Os companheiros olhavam para o francês e ostensivamente não lhe entregavam a bola. No banco, o Alba, em fase sofrível mas muito mais técnico, assistiu. Como marcador, o Mathieu também foi horrível.

Depois do intervalo, o André Gomes substituiu o Mathieu. O Mascherano passou de volante a zagueiro. E falhou ao não impedir a cabeçada do Chiellini, no terceiro gol.

O Messi colocou o Suárez diante do goleiro italiano, e nada. O próprio Messi quase marcou, de direita. O Neymar foi discreto demais.

Mesmo sem a bola, contudo, a Juventus jamais perdeu o controle da partida e acumulou oportunidades.

Os 6 a 1 no PSG foram sonho.

A derrota de hoje fez o Barcelona reencontrar o pesadelo.

Que partidaço, o da Juve.

Dificilmente não se classificará, semana que vem, na Catalunha.

Porque a Juventus não é o PSG.

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