Blog do Mario Magalhaes

A obsessão de Guardiola

Mário Magalhães

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Guardiola festeja a vitória dominical com Sterling, Fernandinho e Clichy – Foto reprodução

 

Há um hábito tão consagrado no futebol que virou lei não escrita: roupa suja entre técnico e jogadores se lava no vestiário.

Pep Guardiola dá de ombros à regra, ou sua ansiedade impede que ele espere para conversar mais tarde.

No ano passado, depois de um empate do Bayern de Munique com o Borussia Dortmund, o técnico dera ainda em campo uma bronca no jovem defensor Kimmich. O catalão parecia surtado.

Houve quem dissesse à época ''quero ver fazer com puta velha''.

Pois ontem, em seguida à vitória por 2 a 0 do seu Manchester City contra o Sunderland, Guardiola fez a mesma coisa com veteranos.

Não com o mesmo ímpeto, porém  os abordou em público.

Entrou no gramado e cumprimentou jogadores como Fernandinho e Sterling.

Com Sergio Agüero, que anotara um gol, foi diferente. Como se não pudesse aguardar para falar, o treinador alugou-o com observações táticas.

Ao topar com outro argentino, o goleiro Caballero, fez a mesma coisa. Quem viu teve a impressão de que Guardiola criticava alguma jogada.

Guardiola é um técnico brilhante.

Montou no Barcelona o time mais espetacular que eu vi jogar.

Mas seu comportamento é excessivamente obsessivo.

Essa busca pela perfeição utópica contribui para os seus êxitos.

E explica por que, depois de alguns anos, os jogadores dos clubes em que trabalha costumam festejar sua partida.

Na entrevista pós-jogo, Guardiola deu a entender que lhe incomodara o relaxamento do time na reta final.

Fora de casa, o City teve 71% de posse de bola, finalizou 14 vezes (7 no gol) a 11 (3) e somou 4 escanteios (a 6).

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