Memória: em 2007, Sérgio Cabral disse que Rocinha é fábrica de marginais
Mário Magalhães
Como o esquecimento é amigo da barbárie _e da desfaçatez_ segue um repeteco de post de agosto de 2013.
Emendado com a pergunta: quem é mesmo marginal?
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Boa notícia do fim de semana: o jornal “O Globo” colocou na internet toda a sua coleção digitalizada. Para ler o antigo vespertino fundado por Irineu Marinho, não precisarei mais ir à Biblioteca Nacional, cujo salão de leitura se transformou em sauna, com a pane no ar-condicionado.
“O Globo” se junta a publicações como “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo”, “Veja” e os falecidos “Última Hora” e (impresso) “Jornal do Brasil”, cujas edições já estavam na rede. Sem contar as centenas de títulos da hemeroteca digital da Biblioteca Nacional, como a “Tribuna Popular”, lançada em 1945 no Rio.
Para testar o sistema do “Globo”, eu quis saber quando Sérgio Cabral havia pronunciado a declaração capaz de regozijar tarados da eugenia: ele propôs a legalização do direito ao aborto com o propósito de diminuir a “fábrica de produzir marginais” que seriam a Rocinha e outras favelas.
Foi em outubro de 2007.
O Amarildo mora (morava) na Rocinha e tem (tinha) seis filhos. Um delegado afirmou que o pedreiro miserável era traficante. Talvez, para o governador, isso confirme sua tese nazistoide.
Em tempo: cadê o Amarildo?