Palavras malditas (3): eu, particularmente
Mário Magalhães
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''Eu, particularmente'', comete o escriba, antes de pontificar sobre tudo e todos.
Só pode ser. ''Eu, coletivamente, acho isso e aquilo'' é que não há de ser.
''Eu, fantasmagoricamente'', só cairia bem nas bocas do Pluft e do Gasparzinho.
Mais do que quem escreve, oradores cultuam o ''eu, particularmente''. Talvez suponham que se tornam sábios, sem saber que o advérbio os condena.
''Eu, particularmente, penso que…'' constitui redundância e atentado ao bom gosto.
''Eu penso que…'' pode anteceder qualquer asneira, mas evita uma barbaridade a mais.