Palavras malditas (1): emblemático
Mário Magalhães
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Máquina de escrever de meados dos anos 1960 – Reprodução ''The New York Times''
O problema não é necessariamente a palavra, solitária e entre aspas.
E sim o seu emprego abusivo e despropositado, um cacoete que provoca náuseas.
O jornalismo tem esses modismos. Fica pior quando o modismo se transforma em praga perpétua.
Quando dá para encaixar um ''emblemático'', o pessoal não perde a viagem.
O cachorro fez cocô na rua?
O gesto é emblemático do funcionamento intestinal do bicho.
O dono limpou a sujeira? Típico comportamento emblemático dos cidadãos que respeitam o próximo.
Não limpou, como tantos aqui em Botafogo? Cretinice emblemática de egoísmo.
Haja emblemas e emblemáticos.