Blog do Mario Magalhaes

No Maracanã, Brasil reforça condição de um dos favoritos em 2014

Mário Magalhães

Neymar, camisa 10, mira o futuro ontem no Maracanã – Foto Daniel Marenco/Folhapress

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O desempenho da seleção no empate de 2 a 2 contra a Inglaterra, na inauguração do novo Maracanã, reforça sua condição de um dos quatro favoritos na Copa do Mundo do ano que vem. Os outros são Espanha, Alemanha e Argentina.

Tudo bem, eu sei que a equipe visitante estava desfalcada, em clima de fim de temporada, sem nenhuma motivação especial. Mas, pelo que notei dos comentários, parece que o Brasil enfrentou ontem um timeco de várzea, e não o escrete de Hart, Lampard e Rooney.

Sobretudo no primeiro tempo, com um montão de finalizações contra um montinho, Felipão e Parreira confirmaram que a seleção pode ser muito competitiva. Um dos seus desafios principais é permitir que os volantes avancem, sem fragilizar excessivamente a defesa. Ontem, Paulinho fez um gol, e Hernanes acertou o travessão, com a bola que sobrou para Fred marcar. Trocando em miúdos, busca-se o equilíbrio.

A considerar o que o técnico afirmou, não procede meu temor de que ele tenha se entusiasmado com uma formação eventual de três volantes, Fernando, Paulinho e Hernanes.

Falta um ano para o Mundial. É tempo suficiente para tornar o time mais seguro atrás e eficiente na frente. Claro que, por mim, quem jogaria com Neymar, Oscar e Fred seria Lucas, e não Hulk, o eleito no domingo.

Porém, reitero, o Brasil chegará muito forte a 2014. Primeiro, joga em casa. Segundo, conta com um elenco muito bom. Terceiro, goste-se ou não, esteticamente, do futebol aplicado por Felipão e Parreira, ambos sabem montar times vencedores.

A Alemanha hoje assombra. O que mais impressionou no sucesso do Bayern e do Borussia na Champions é que, a despeito de alguns estrangeiros importantes, havia muitos jogadores alemães nas duas equipes. Se derem liga, sai da frente. Em 2010, não custa lembrar, os alemães se borraram diante dos espanhóis.

A Espanha dependerá de alguns fatores para obter o bi. Um é a forma atlética do veterano Xavi. Neste ano, pelo Barça, ele mostrou estar mais lento. E de acertar o sistema ofensivo até agora deficiente.

A Argentina, pelo contrário, precisa defender com competência. Porque, no papel, seu ataque é o melhor do planeta: Agüero, Higuaín, Di Maria e Messi, um dos mais geniais craques que o mundo já viu jogar.

É impossível dizer quem vai ganhar, mas o Brasil caminha para jogar de igual para igual com essas feras. Independentemente de como for na Copa das Confederações.