Blog do Mario Magalhaes

Temer, Cunha, Bolsonaro e Feliciano: caras e cabeças do impeachment
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Mário Magalhães

Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados – Foto Pedro Ladeira/Folhapress

 

Limpando o terreno:

* a palavra ''cabeças'' no título é feminina e tem o sentido de ideias, não de dirigentes/líderes. Ainda que o vice-presidente Michel Temer e o deputado Eduardo Cunha estejam entre os cabeças/próceres do movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff;

* constitui desonestidade intelectual afirmar ou sugerir que as agendas de Temer, de Cunha e dos deputados Jair Bolsonaro e Marco Feliciano representam o conjunto ou a maioria dos partidários do impedimento da presidente. Mesmo com Bolsonaro alcançando 8% da intenção de votos para o Planalto, não se pode estimar que suas propostas sejam amplamente endossadas pelos apoiadores do impeachment (Temer tem míseros 2% no Datafolha);

* também é desonestidade intelectual omitir ou minimizar as visões e planos de oposicionistas como os quatro mencionados. Suprimir da história o pensamento deles parece tentativa de tornar mais palatável a articulação para o impeachment e a coalizão que a sustenta;

* pode-se discordar frontalmente do que dizem Bolsonaro, Feliciano, Cunha e Temer. Mas quem defende o impeachment perfila na mesma trincheira que eles. Isso não é opinião. É fato.

*

Jair Bolsonaro, deputado federal (PSC-RJ)

Em vídeo de anos atrás, Bolsonaro fez declarações das quais nunca se retratou. Pelo contrário, vem reafirmando opiniões iguais ou semelhantes.

Algumas:

''Eu até sou favorável, na CPI, no caso do Chico Lopes, que tivesse pau-de-arara lá. Ele merecia isso, pau-de-arara. Funciona. Eu sou favorável à tortura''.

O entrevistador indagou: ''Se você fosse hoje o presidente da República, você fecharia o Congresso Nacional?''

Bolsonaro: ''Não há a menor dúvida. Daria golpe no mesmo dia''.

''Através do voto você não vai mudar nada nesse país. […] Só vai mudar, infelizmente, no dia que nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro.''

''E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando uns 30 mil. Começando com o FHC [Fernando Henrique Cardoso].''

Crítico da corrupção, Bolsonaro tem um irmão que recebia, sem trabalhar, R$ 17 mil mensais da Assembleia Legislativa de São Paulo. A bocada acabou há poucas semanas, quando Renato Bolsonaro foi exonerado.

No domingo, Jair Bolsonaro votará a favor do impeachment.

*

Marco Feliciano, deputado federal (PSC-SP)

Ideias de Feliciano:

“Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo, e que vão gozar dos prazeres de uma união e não vão ter filhos. Eu vejo de uma maneira sutil atingir a família; quando você estimula as pessoas a liberarem os seus instintos e conviverem com pessoas do mesmo sexo, você destrói a família, cria-se uma sociedade onde só tem homossexuais, você vê que essa sociedade tende a desaparecer porque ela não gera filhos.” Leia mais aqui.

Manifestações no Twitter:

''A podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição''.

''Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é a polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters. Rsss.''

''Estamos vivenciando a maior de todas batalhas contra a família brasileira, e a igreja está sendo bombardeada pelas mentiras insinuadas por grupo de bandeira LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e travestis), que planeja dividir e destruir nossas igrejas e famílias, usando a política e a discriminação como arma.”

''Pois depois da união civil virá a adoção de crianças por parceiros gays, a extinção das palavras pai e mãe, a destruição da família.''

No domingo, Marco Feliciano votará a favor do impeachment.

*

Eduardo Cunha, deputado federal (PMDB-RJ), presidente da Câmara

Frases:

“Estamos vivendo a fase dos ataques, tais como a pressão gay, a dos maconheiros e abortistas. O povo evangélico tem que se posicionar.”

''Aborto eu não vou pautar (para votação) nem que a vaca tussa. Vai ter que passar por cima do meu cadáver para votar.''

Cunha manobrou para diminuir a maioridade penal e manter as ''doações'' de empresas a partidos políticos.

O presidente da Câmara foi indiciado, denunciado e transformado em réu por acusações de corrupção e lavagem de dinheiro.

Delatores disseram que Cunha recebeu propinas na casa das dezenas de milhões de reais, uma delas alcançando a soma de R$ 52 milhões.

O deputado disse aos seus pares que não mantinha conta no exterior. Autoridades suíças enviaram documentos comprovando o contrário.

Na Câmara, Cunha presidirá no domingo a votação do processo de impeachment.

O deputado é um dos capi do movimento para depor Dilma Rousseff.

Ele nega ser autor de ilegalidades.

*

Michel Temer, vice presidente da República, presidente nacional licenciado do PMDB

No seu ensaio de discurso para a iminência de ser promovido a presidente, Michel Temer não citou a palavra ''corrupção''.

Notícia recente, intitulada ''Em mensagem, Cunha cita repasse de R$ 5 milhões a Michel Temer'': ''O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu indícios de que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), recebeu R$ 5 milhões do dono da OAS, José Adelmário Pinheiro, o Leo Pinheiro, um dos empreiteiros condenados em decorrência do escândalo da Petrobras. A informação sobre o suposto pagamento a Temer está em uma das manifestações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que fundamentou as buscas da Operação Catilinárias, deflagrada na última terça-feira. A menção ao pagamento está em uma troca de mensagens entre Pinheiro e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em que o deputado reclama que o empreiteiro pagou a Temer e deixou 'inadvertidamente adiado' o repasse a outros líderes peemedebistas. 'Eduardo Cunha cobrou Leo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de R$ 5 milhões, tendo adiado os compromissos com a 'turma'', afirmou Janot, conforme a reprodução feita no documento assinado por Teori''.

Em delação premiada, o senador Delcídio Amaral ''vinculou o nome de Temer às indicações de João Henriques e Jorge Zelada a cargos na Petrobras _ambos foram presos e condenados na Lava Jato por envolvimento com o esquema de desvios na estatal''.

Se Dilma Rousseff sofrer impeachment no Senado, Temer assumirá a Presidência.

Ambos têm numerosos correligionários envolvidos com corrupção.

Contra Dilma, inexiste suspeita de gatunagem. Contra Temer, as notícias acima mostram que sim.

Temer nega participação em irregularidades.

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O golpe de 2016
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Mário Magalhães

Recife, março de 2016 – Foto Marlon Costa/Futura Press/Estadão Conteúdo

 

Os brasileiros que viveram o período de 1937 a 1945 se referiam ao dito Estado Novo ao falar ''a ditadura''. Mesmo mais tarde, quando evocavam ''a época da ditadura''. Estavam certos. O presidente Getulio Vargas era mesmo um ditador.

Com o regime liberticida que vigorou de 1964 a 1985, a expressão ''a ditadura'' tomou novo sentido. Quando a ouvimos, ainda agora, entendemos que trata da longa noite inaugurada com a deposição do presidente João Goulart.

É a história que vai moldando o léxico que a conta.

Hoje recapitulamos os atos institucionais da ditadura pós-1964 com numeração. O AI-5, de dezembro de 1968, garroteou ainda mais as liberdades. Por um ano e meio, no entanto, só se dizia ''o Ato Institucional'', porque só existia o de abril de 1964. Este só virou ''número 1'' quando sobreveio a edição do segundo, em outubro de 1965, liquidando a eleição direta para presidente da República.

O que não falta na história republicana nacional são golpes de Estado. O pessoal que assistiu a Getulio fechar o Congresso, asfixiar a Justiça, exterminar os partidos, aplicar a censura e expandir a repressão política dizia que o marco inaugural dessas medidas foi ''o golpe''. ''O golpe'' equivalia à quebra da ordem constitucional ocorrida em novembro de 1937.

Nos anos 2000, menção a golpe do século anterior, sem identificação de data, supõe que citamos o de 1964. Para lembrar o movimento que instituiu o Estado Novo precisamos dizer ''o golpe de 1937''.

''Eu vejo o futuro repetir o passado'', cantava o Cazuza. Por isso este passeio pelos velhos tempos.

Caso venham a prevalecer a derrubada de Dilma Rousseff e a promoção de Michel Temer ao Planalto, não haverá mais uma ditadura.

Embora Temer, na hipótese de sua conspiração triunfar, vá ser um presidente ilegítimo, porque ungido por ato antidemocrático.

O impeachment está corretamente previsto na Constituição. Para honrá-la, a condição é haver crime de responsabilidade do acusado. Dilma não praticou tal crime. As ditas pedaladas fiscais não passam de manobras contábeis que não configuram apropriação de recursos públicos. Governantes de todos os maiores partidos pedalaram, sem punição. Impeachment de inocente merece outro nome, golpe. Na democracia, presidente se elege na urna. Dilma colheu 54.501.118 sufrágios em 2014, conquistando mandato de quatro anos.

Se a presidente for deposta, precisaremos acrescentar nova expressão para narrar a tumultuada trajetória do derradeiro país a abolir a escravidão: ''o golpe de 2016''.

''O tempo não para'', emendava o Cazuza.

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Há 40 anos, a ditadura matava Zuzu Angel
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Mário Magalhães

 

Hoje faz 40 anos que agentes da ditadura assassinaram no Rio a estilista Zuzu Angel.

Zuzu denunciava mundo afora o desaparecimento do filho, o guerrilheiro Stuart Angel Jones.

Em 1971, Stuart havia sido morto na Base Aérea do Galeão num martírio em que foi arrastado por um jipe, com o escapamento soltando gás em seu rosto.

Sua mãe passou a dedicar a vida a procurar Stuart e buscar seus algozes.

Não teve muito tempo. Foi morta quando o Karmann-Ghia que dirigia foi abalroado na altura da Rocinha, logo após passar pelo túnel Dois Irmãos no sentido da Barra da Tijuca.

A versão das autoridades foi que na madrugada de 14 de abril de 1976 Zuzu sofreu um acidente.

Em 1998, em segunda votação, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos concluiu que a mãe de Stuart fora vítima da ditadura.

Uma foto encontrada em velhos arquivos periciais mostrava que, ao contrário do que tinham alegado 22 anos antes, havia, sim, marca de pneu indicando que o carro de Zuzu havia sido atingido por outro e atirado contra a mureta de um viaduto.

Uma testemunha conversou com a comissão. Disse ter visto o choque proposital e corrido para o local onde o automóvel caíra.

Quem encontrou a fotografia sumida fui eu _um dia conto como. Bem como visitei o apartamento onde morava a antiga testemunha _confirmei que a visão do atentado era possível dali (mais tarde construíram um edifício tapando a vista). Bem como cronometrei a descida do prédio até o sopé da Rocinha. O tempo foi compatível com o relato de quem testemunhou o episódio.

Zuleika Angel Jones tinha 54 anos ao ser morta.

Stuart, 25.

Os assassinos de mãe e filho jamais foram julgados e punidos.

Chico Buarque e Miltinho, em homenagem a Zuzu, compuseram a canção ''Angélica'' (para ouvi-la, basta clicar na imagem no alto).

Hoje o túnel Dois irmãos se chama, justa reverência a uma grande mulher, túnel Zuzu Angel.

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Rastros de ódio (4)
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Mário Magalhães

aaaaaaacomunistabom

Hitler também achava. E não ficava ''só'' nos comunistas – Foto reprodução


Adeus à ilusão, por Verissimo
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Mário Magalhães

O filho do Erico – Foto Zanone Fraissat/Folhapress

 

Que ilusão? O Luis Fernando Verissimo respondeu hoje. Ou melhor, a dona História falou por ele: ''[…] A ilusão que qualquer governo com pretensões sociais poderia conviver, em qualquer lugar do mundo, com os donos do dinheiro e uma plutocracia conservadora, sem que cedo ou tarde houvesse um conflito, e uma tentativa de aniquilamento da discrepância. Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo dominante, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real. Era preciso acabar com a ameaça e jogar sal em cima. Era isso que estava acontecendo''.

Para ler o original, basta clicar aqui.

O blog reproduz a coluna do Verissimo na íntegra:

*

A ilusão

Por Verissimo

Gosto de imaginar a História como uma velha e pachorrenta senhora que tem o que nenhum de nós tem: tempo para pensar nas coisas e para julgar o que aconteceu com a sabedoria – bem, com a sabedoria das velhas senhoras. Nós vivemos atrás de um contexto maior, que explique tudo, mas estamos sempre esbarrando nos limites da nossa compreensão, nos perdendo nas paixões do momento presente. Nos falta a distância do momento. Nos falta a virtude madura da isenção. Enfim, nos falta tudo que a História tem de sobra.

Uma das vantagens de pensar na História como uma pessoa é que podemos ampliar a fantasia e imaginá-la como uma interlocutora, misteriosamente acessível para um papo.

– Vamos fazer de conta que eu viajei no tempo e a encontrei nesta mesa de bar.

– A História não tem faz de conta, meu filho. A História é sempre real, doa a quem doer.

– Mas a gente vive ouvindo falar de revisões históricas…

– As revisões são a História se repensando, não se desmentindo. O que você quer?

– Eu queria falar com a senhora sobre o Brasil de 2016.

– Brasil, Brasil…

– PT. Lula. Impeachment.

– Ah, sim. Me lembrei agora. Faz tanto tempo…

– O que significou tudo aquilo?

– Foi o fim de uma ilusão. Pelo menos foi assim que eu cataloguei.

– Foi o fim da ilusão petista de mudar o Brasil?

– Mais, mais. Foi o fim da ilusão que qualquer governo com pretensões sociais poderia conviver, em qualquer lugar do mundo, com os donos do dinheiro e uma plutocracia conservadora, sem que cedo ou tarde houvesse um conflito, e uma tentativa de aniquilamento da discrepância. Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo dominante, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real. Era preciso acabar com a ameaça e jogar sal em cima. Era isso que estava acontecendo.

Um pouco surpreso com a eloquência da História, pensei em perguntar qual seria o resultado do impeachment. Me contive. Também não ousei pedir que ela consultasse seus arquivos e me dissesse se o Eduardo Cunha seria presidente do Brasil. Eu não queria ouvir a resposta.

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594 poderem revogar decisão de 112.683.879 cidadãos é tragédia democrática
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Mário Magalhães

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Por Laerte, ''Folha'', 18.nov.2014 (isso mesmo: em 2014 já havia ''mutirão'' pró-golpe)

 

No finzinho de outubro de 2014, 112.683.879 cidadãos participaram do segundo turno eleitoral.

Dilma Rousseff reelegeu-se presidente, vencendo Aécio Neves.

A petista recebeu 54.501.118 votos, vantagem de 3.459.963 (ou 3,28 pontos percentuais) sobre o tucano Aécio Neves.

O placar é o de menos, comparado ao mais grave: no domingo, a Câmara de 513 deputados pode aprovar o andamento do processo de impeachment de Dilma, que seria a seguir votado pelo Senado.

Se um governante comete crime de responsabilidade, o impedimento decidido por representantes do povo é legal e legítimo.

Quando inexiste tal crime, o cartão vermelho equivale a condenar um inocente por homicídio.

O crime de homicídio consta do Código Penal, mas exige provas. Condenar sem elas fere a lei.

O pretexto das ''pedaladas fiscais'' é isso mesmo, pretexto. Essas manobras contábeis não constituem, para dizer no popular, roubo de dinheiro público. E foram praticadas por governantes de todos os maiores partidos.

Motivados por interesses que um dia historiadores vão esquadrinhar à exaustão, preparam a deposição da presidente que não é autora de crime algum.

Pode-se achar o governo dela ótimo/bom, ruim/péssimo, mais ou menos, o que for.

Acontece que presidente se elege nas urnas. 2018 está aí para votar a favor ou contra @ candidat@ apoiad@ por Dilma.

Se o impeachment progredir entre os 513 deputados, logo será a vez de 81 senadores se pronunciarem.

Deputados e senadores têm prerrogativas para muitas coisas.

Não para substituir governante eleit@ pelos cidadãos e que não cometeu crime.

Neste caso, o impeachment tem outro nome: golpe.

A propósito, a charge da Laerte lá no alto é de novembro de 2014.

Um mês depois da eleição, a brilhante cartunista já identificava o ovo da serpente.

Querem trocar um colégio eleitoral de quase 113 milhões para um (ou dois, Câmara e Senado) de 594.

Em vez de diretas, indiretas.

Para ungir presidente o vice que no Datafolha alcança míseros 2% de intenção de votos.

Uma tragédia. Tragédia da democracia.

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Eis a peça decisiva do jogo do impeachment: a salvação de Eduardo Cunha
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Mário Magalhães

aaaacunhaconselho

Reprodução ''O Globo'', 14.abr.2016, pág. 14

 

Com a troca de um integrante do mal denominado Conselho de Ética da Câmara, o deputado Eduardo Cunha deve passar a ter maioria na votação do seu infindável processo de cassação.

É o que contam hoje os repórteres Eduardo Bresciani e Simone Iglesias.

A comissão caminha para livrar o presidente da Casa de punição por ter dito aos seus pares que não mantinha conta no estrangeiro. Mais tarde, autoridades suíças enviaram documentos comprovando o contrário.

A impunidade de Eduardo Cunha é peça decisiva no jogo para depor Dilma Rousseff: o acordão pró-impeachment, comandado por ele, estabelece pactos para sua própria salvação.

O governo de ''união nacional'' alardeado pelo missivista Michel Temer teria a seguinte fórmula: castigo da presidente constitucional, que não é acusada de gatunagem, e falta de castigo para Eduardo Cunha, que é.

Mais claro, impossível.

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Quase acabando. Acabará?
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Mário Magalhães

 

Escatológico?

Escatologia é gente mais suja que pau de galinheiro golpear a democracia.

Aroeira, o brilhante autor da charge, anotou em sua página no Facebook: ''Peço perdão aos amantes de cães. Também sou, embora esteja gateiro, no momento. Mas eu precisava da imagem, do meme''.

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