Blog do Mario Magalhaes

Da eternidade, pioneiros do PSB se horrorizam com a bandalheira de 2017

Mário Magalhães

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Heráclito Fortes: cochila, mas não dorme no ponto – Foto Pedro Ladeira/Folhapress

 

Era uma baita seleção, com gênios da raça como Mário Pedrosa, Antônio Cândido e Sérgio Buarque de Holanda.

De gente decente, como João Mangabeira e Hermes Lima.

Eles foram alguns dos pioneiros do Partido Socialista Brasileiro.

A agremiação foi fundada em 1947.

Seu germe havia sido a Esquerda Democrática, organizada dois anos antes com militantes que combatiam a ditadura do Estado Novo (1937-1945).

Como todos os partidos, o PSB foi fechado à força em 1965, pela ditadura seguinte.

Reorganizado em 1985, teve entre os que o reviveram Evandro Lins e Silva e Rubem Braga.

Anos mais tarde, Miguel Arraes se incorporaria.

É possível endossar ou não as ideias, de tudo que é tipo, dos mencionados acima.

Mas que a turma era de responsa, como era.

Hoje, um dos figurões do PSB é o deputado federal Heráclito Fortes.

Veterano servidor da ditadura falecida em 1985, ele é identificado como Boca Mole numa planilha da Odebrecht.

Da bancada de três dezenas e meia de representantes na Câmara, o PSB deve perder uns dez deputados para o DEM ou o PMDB.

Eles apoiam o governo zumbi de Michel Temer.

O pessoal da eternidade viu de tudo na vida.

Mas certamente não deixa de se horrorizar com as bandalheiras cometidas em 2017, em nome da sigla que no passado prestou tantos serviços à cidadania.

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