Blog do Mario Magalhaes

Zé Ricardo não pode ser tratado como inimputável

Mário Magalhães

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Não basta ter bom elenco; é preciso saber usá-lo – Foto Rubens Cavallari/Folhapress

 

O Flamengo teve mérito ao apostar em sangue novo como técnico.

Zé Ricardo arrumou o time no Campeonato Brasileiro do ano passado e conquistou o título estadual invicto em 2017.

Mas a eliminação na Libertadores não constituiu um revés qualquer, e sim um tremendo vexame.

Com um dos elencos mais caros do continente, o rubro-negro foi superado por três clubes de orçamento mais baixo.

No Campeonato Brasileiro, o fiasco continua.

Esperava-se que ontem, contra o Sport, a equipe reagisse. Não reagiu, e levou 2 a 0.

A ideia é jogar com a bola no pé. Fica difícil, mantendo jogador com dificuldade para passar. Às vezes, Márcio Araújo compensa com luta as limitações técnicas. Na atual fase, não há combatividade que compense passe errado até para companheiro livre, a poucos metros de distância. Toque para o lado, em demasia, é embromação.

Com gramado ruim, os jogadores escorregaram o tempo inteiro, sem trocar as chuteiras. Ninguém cuida disso?

Perseverança é virtude. Teimosia, não. Por que escalar Muralha, bom goleiro, contudo em mau momento? Deu no que deu.

A entrada de Vinicius Junior pela esquerda tem dado certo. No Recife, ele criava problema para a marcação. Por que transferir o garoto para a direita do ataque?

Apostar em Zé Ricardo foi mesmo certo.

Porém, é estranho que ele seja tratado como inimputável, o técnico que não pode ter o trabalho julgado.

Novato ou experiente, ele é o treinador do Flamengo.

O sarrafo fica lá em cima. O técnico deve ser cobrado.

O que se tem visto é um bando, uma bagunça.

Ah, estão chegando novos jogadores.

Não basta bom elenco. É preciso saber o que fazer com ele.

Se o desempenho não melhorar logo, será hora de um novo treinador.

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