Serraglio ministro: quanto riso, oh, quanta alegria…
Mário Magalhães
''A escolha do novo ministro da Justiça será minha, pessoal, sem conotações partidárias.'' Foi o que escreveu em 15 de fevereiro o missivista Michel Temer em sua conta no Twitter.
Oito dias mais tarde, escolheu Osmar Serraglio, peemedebista de quatro costados.
Temer deve estar às gargalhadas.
O deputado disse que prometeu ao presidente manter ''distância'' da Lava Jato.
A Polícia Federal é a encarregada da operação. É subordinada ao ministro da Justiça. Que será Osmar Serraglio. Se ele ficar longe da Lava Jato, será como o ministro da Saúde se afastar de campanha de vacinação.
Os risos não são só de Temer, mas de Serraglio também (embora ele pouco sorria em público).
O indicado não teria ''conotações partidárias''.
Foi o novo ministro da Justiça quem pontificou: ''Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos o impeachment da presidente. Merece ser anistiado''.
É mais do que uma declaração. É profissão de fé.
Quanto riso, quanta alegria.
E milhões de palhaços Brasil afora.