Blog do Mario Magalhaes

O Botafogo parecia o Atlético de Madrid na véspera, mas soube chegar lá

Mário Magalhães

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O Botafogo se classificou, merecidamente, contra o Colo-Colo – Claudio Reyes/AFP Photo

 

No jogo das sete e meia da noite, a estreia do colombiano Berrío no Flamengo incomodava. Incomodava os rubro-negros. O time vencia os reservas do Grêmio por 1 a 0, no Mané Garrincha, pela Primeira Liga. O atacante entrou no segundo tempo, no lugar do Mancuello. Tentou uma jogada, não deu certo. Um drible, idem. Errou um passe. Outro. Mais um. Arriscou, sem sucesso, um lançamento. O que é isso?, perguntou um torcedor. Certamente não era ruindade, mas ansiedade e nervosismo em excesso. Imprecisão demais. Depois de errar tudo, o Berrío cabeceou com jeito e marcou seu primeiro gol com a nova camisa. O cara tem estrela.

Estrela que parecia faltar, na partida de mais tarde, ao Botafogo. Longe de casa, no estádio do Colo-Colo, o clube da estrela solitária jogava bem, organizado, ousado, sem tremer. Criava chances, mas a bola não entrava. Estava sendo eliminado da Libertadores, depois de dois erros que resultaram no gol da equipe chilena logo aos dois minutos. O Gatito Fernández presenteara os adversários com um escanteio, do qual surgiu o cruzamento em que o Emerson Silva fez contra, de cabeça. No confronto de ida, no Nilton Santos, o alvinegro vencera por 2 a 1.

O futebol corajoso e às vezes vistoso do Botafogo fora de casa, a despeito do meio-campo mais pegador, lembrava o Atlético de Madrid da véspera. No Camp Nou, o time do Simeone atropelara o Barcelona em boa parte do primeiro tempo, pela semifinal da Copa do Rei. Contudo, desperdiçava as ótimas oportunidades. Poupou os donos da casa, e deu no que deu. O Messi passou por três ou quatro, chutou, o Moyá espalmou, e o Suárez anotou. Na primeira das duas partidas, dera Barça 2 a 1. O Atlético se abateu, mas se recuperou depois do intervalo, empatou e poderia ter triunfado se não perdesse um pênalti e se o apitador não anulasse um gol legal. Com o 1 a 1, os madrilenhos foram eliminados.

Pois o Botafogo parecia reeditar a superioridade e a frustração do Atlético de Madrid. Jogavam muito o Victor Luiz, o Ayrton (de novo), o Bruno e o Montillo, cuja categoria se mantém intacta. Aos 35 minutos da segunda etapa, o Guilherme (substituíra o Airton) chutou ou passou, o Roger (entrara pouco antes) desviou, o Villar deu rebote, e o Rodrigo Pimpão empatou. Merecidíssimo.

O Botafogo ganhou confiança para o próximo mata-mata da Libertadores (por que ''pré''?).

O melhor é que se classificou com um futebol alegre, mesmo sem espetáculo, e não apostando em retranca emburrada.

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