Blog do Mario Magalhaes

Nem a Alemanha intimida hoje o Brasil

Mário Magalhães

blog - renato augusto

Renato Augusto, no jogo da seleção em Lima, contra o Peru – Foto Ernesto Benavides/AFP

 

Uma das maiores lorotas do pachequismo sustenta que o esplêndido desempenho atual da seleção elimina as dores do 7 a 1.

Não elimina, pois as dores de 2014 serão eternas.

Mas que o futebol do time conduzido por Tite vem servindo como analgésico, isso vem.

Porque descortina um futuro esperançoso a quem só tinha o passado obscuro do Mundial, de duas Copas América, do começo humilhante nas Eliminatórias para a Rússia.

O Brasil acaba de vencer o Peru por 2 a 0, em Lima, gols de Gabriel Jesus e Renato Augusto, no segundo tempo.

Não foi fácil. A equipe ofereceu mais espaços do que recentemente. Os jogadores pareceram mais distantes uns dos outros.

Houve mérito imenso em suportar os bons momentos peruanos e decidir sem piedade.

Na nova fase, a seleção transmite confiança, a impressão de que a qualquer momento resolverá.

Nesta madrugada, a movimentação intensa se manteve, dificultando a marcação adversária.

O Brasil aparenta ter mais jogadores porque assegura superioridade numérica no meio-campo e em espaços essenciais.

Controla o jogo, tem gosto de permanecer com a bola.

O que não o impede de ser eficiente no contra-ataque.

Estamos sobrando na América do Sul.

O jogo ideal, hoje, seria contra a Alemanha campeã do mundo, que mais cedo empatou o amistoso com a Itália.

Para testar o nosso estágio de desenvolvimento.

Pode dar Alemanha.

Pode dar Brasil.

O temor natural de quem caiu de sete, contudo, não tem mais por que sobreviver.

A seleção ainda precisa crescer, e tem tudo para melhorar.

Mas se intimidar com a Alemanha ou qualquer oponente?

Não mais.

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