No livro de Tostão, os 3 jogadores mais lúcidos, Zico e a breguice de Luxa
Mário Magalhães
No seu novo livro, o craque Tostão conta suas lembranças do futebol e de fora dele, evoca personagens, reconstitui a evolução do jogo, narra a história como quem troca um dedo de prosa.
São puro prazer as 194 páginas de ''Tostão: Tempos vividos, sonhados e perdidos – Um olhar sobre o futebol'' (Companhia das Letras).
Seguem três passagens.
Opinião de quem jogou muito e conhece futebol como nenhum comentarista no Brasil:
''Cruyff, Gérson e Xavi foram os três jogadores mais lúcidos e de maior talento coletivo que vi atuar. Eram treinadores em campo. Jogavam como se estivessem vendo a partida da arquibancada, com ampla visão do conjunto.''
Olhar, digamos, antropológico:
''Fiz uma entrevista com Luxemburgo para a ESPN Brasil, no programa Um Tostão de Prosa. Fui à sua casa em Santos, onde ele era treinador. Na entrada da casa, havia um corredor e, no fundo, uma parede com um imenso quadro com o técnico todo maquiado. Quem entrava era obrigado a vê-lo. Nunca vi tanta vaidade e breguice.''
Tamojunto:
''Zico foi um dos jogadores mais brilhantes da história do futebol''.