Eficiência da seleção desautoriza clichê ‘treino de luxo’. Foi só ‘treino’
Mário Magalhães
Quando um time aplica um chocolate em jogo oficial, costuma-se empregar o simpático clichê ''treino de luxo''.
Os 5 a 0 do Brasil sobre a Bolívia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, foram tão fáceis que o lugar-comum tornou-se impróprio. Foi apenas ''treino'', sem luxo.
É um imenso prazer ver Neymar espetacular como em Natal. Nesta temporada, pelo Barcelona, ele tem sido irregular.
A impressão foi que, se fosse necessário enfiar dez gols, a seleção conseguiria. Não era necessário.
O passeio não elimina dois registros: na jogada do primeiro gol Neymar pareceu fazer falta e, na do terceiro, estava impedido.
Tite trocou muitos jogadores, e o Brasil continuou forte. A goleada foi facilitada pela equipe boliviana, que não deve ganhar fora de casa desde os tempos em que o Che Guevara andava pelas matas do seu país.
Para quem assiste à seleção brasileira, a maior novidade é começar a partida confiante, achando que vamos ganhar.
De fato, uma mudança e tanto.