A derrota de Temer (e do PT)
Mário Magalhães
O colossal revés do Partido dos Trabalhadores nas urnas não constitui surpresa. Há quase sete meses, no dia 7 de março, o blog publicou o post ''Vem aí, em outubro, a maior derrota eleitoral da história do PT''. De lá para cá, muita água rolou, e a previsão se confirmou. Se o PT tiver a pretensão de recuperar um pouco da pujança de outrora, deveria começar por reconhecer que o inferno não são (somente) os outros.
Enquanto os tambores anunciam o evidente fracasso petista no domingo, cai o silêncio sobre outro derrotado, o peemedebista Michel Temer. No máximo, ouvem-se murmúrios acerca do seu malogro. De tão rejeitado pelos brasileiros, ele não subiu em nenhum palanque. Permaneceu longe das campanhas. Candidatos associados ao presidente, como Pedro Paulo e Marta Suplicy, soçobraram. Os eleitores se pronunciaram, de algum modo, não apenas a respeito da legitimidade de Temer, mas das medidas que ele implementa e se prepara para implementar.