Pedro Paulo, candidato do PMDB, esconde Michel Temer na campanha do Rio
Mário Magalhães
O PSDB já teve um presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
Carlos Osório é o candidato do partido a prefeito do Rio. Atingiu 6% de intenção de votos, de acordo com pesquisa do Datafolha feita na segunda-feira.
FHC veio ao Rio para apoiar Osório. Gravou para seu programa eleitoral na TV.
O PT elegeu dois presidentes, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Nas quatro eleições em que petistas chegaram à Presidência, eles estavam coligados com o PC do B.
A concorrente do PC do B no Rio é Jandira Feghali. Ela tem 7% no Datafolha. Seu vice é do PT.
Dilma e Lula estiveram no Rio e subiram no palanque de Jandira. Apareceram com a deputada na televisão.
Pedro Paulo, 11% no Datafolha, é o postulante do PMDB.
O peemedebista Michel Temer ocupa o Planalto.
Ao contrário de Jandira e Osório, que não escondem seus vínculos, Pedro Paulo omite a condição de correligionário e preferido de Temer na disputa do Rio.
Em agosto, o Datafolha informou que 68% dos eleitores cariocas não sufragariam candidato apoiado por Temer.
O índice de Lula também foi alto, 64%. Nem por isso Jandira ocultou a identidade com o ex-presidente.
Uma das alegações do PMDB é que no Rio há muitos candidatos de partidos da base do governo federal, o que constrangeria Temer.
Para ficar num exemplo, o PRB de Marcello Crivella, 29% no Datafolha, integra o Ministério.
Noutros pleitos, Lula resolveu isso facilmente, manifestando simpatia por mais de um candidato no Rio e participando de comícios de adversários locais.
A campanha de Pedro Paulo radicalizou: é como se Michel Temer não existisse e não fosse do PMDB.