Blog do Mario Magalhaes

A eleição do Rio e o trauma de Churchill

Mário Magalhães

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Pedro Paulo e Eduardo Paes – Foto reprodução piauí/Folha

 

Saiu a primeira pesquisa Ibope no período oficial de campanha eleitoral para prefeito do Rio.

Eis os resultados, com margem de erro de três pontos para cima e para baixo:

Marcello Crivella (PRB): 27%

Marcelo Freixo (PSOL): 12%

Flávio Bolsonaro (PSC): 11%

Jandira Feghali (PC do B) e Pedro Paulo (PMDB): 6% cada um

Índio da Costa (PSD): 5%

Carlos Roberto Osório (PSDB): 4%

Alessandro Molon (Rede): 2%

Carmen Migueles (Novo): 1%

Cyro Garcia (PSTU): 1%

Quem entende de eleição na cidade aposta que haverá segundo turno, e que dificilmente o senador Crivella ficará fora dele.

A disputa para ir ao mata-mata decisivo deve se concentrar em Freixo, Pedro Paulo e Osório.

Pedro Paulo terá muito mais tempo de propaganda na TV do que os adversários.

É o candidato do prefeito Eduardo Paes.

Ao Ibope, 20% dos entrevistados declararam votar branco ou nulo, e 5% dizem não saber quem sufragar.

Os principais concorrentes de Crivella supõem que a rejeição do ex-ministro o derrotará na reta final. Ela decorre do vínculo com a Igreja Universal do Reino de Deus.

O levantamento começou na véspera da cerimônia de encerramento da Olimpíada e terminou um dia depois.

Os círculos próximos ao prefeito e seu candidato consideram que o sucesso dos Jogos (leia análise do blog clicando aqui) impulsionará a campanha de Pedro Paulo.

O correligionário de Michel Temer, Sérgio Cabral e Eduardo Cunha padece sobretudo do desgaste da denúncia de agressão à ex-mulher. O inquérito do caso foi arquivado pelo STF.

A candidatura agonizante de Pedro Paulo só não morreu porque Paes insistiu em mantê-la.

É possível que o capital político proporcionado pela Olimpíada ajude o peemedebista.

Mas não é certo.

O exemplo clássico de governante bafejado por êxito, e que êxito, porém batido nas urnas é o de Winston Churchill.

Ao lado de Ióssif Stálin e Franklin Roosevelt, o então primeiro-ministro britânico posou em fevereiro de 1945 como um dos grandes vencedores iminentes da guerra contra o nazifascismo.

Em julho daquele ano, os cidadãos o defenestraram do governo, votando nos trabalhistas.

O trauma de Churchill é parente do que ameaça Eduardo Paes e Pedro Paulo.

Se a maioria dos cariocas julgar que a Olimpíada valeu a pena, mas que é preciso mudar o governo, o PMDB perderá.

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