Desfecho do #Lochtegate é nova goleada sofrida pelo complexo de vira-lata
Mário Magalhães
Como já assinalado, a cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio representou uma derrota histórica para o complexo de vira-lata.
O mal diagnosticado por Nelson Rodrigues sofreu novo revés, com o desfecho do caso Ryan Lochte.
Ao contrário do que o nadador norte-americano e três colegas contaram, eles não foram assaltados.
Inventaram o assalto.
O Lochtegate deixa lições.
Mais uma vez, certo jornalismo deu a versões alheias o estatuto de fato.
Endossou o relato de Lochte antes de checá-lo.
Outro mico ou erro é o de quem, alegando a cascata dos nadadores, nega a extrema violência no Rio.
O drama não é a Olimpíada, mas o cotidiano.
O vira-latismo se manifestou naqueles que chancelaram, a fim de avacalhar o Rio e o Brasil, a lorota de Lochte.
''Vergonha sem fim'', escreveu um no Twitter, referindo-se aos Jogos.
''Ai que vergonha'', emendou uma tuiteira.
''Vergonha olímpica Brasil'', dardejou outro.
A vergonha é o sentimento de inferioridade.
É a convicção de que o Brasil nasceu para não dar certo.
Ao Rio, com suas injustiças e desigualdades, não faltam problemas.
Mas usar falso assalto para detonar a cidade já é demais.
Até agora, é um vexame o desempenho olímpico do complexo de vira-lata.