Seleção confirma favoritismo ao ouro; videoteipe rouba encanto do futebol
Mário Magalhães
Não é que o futebol fique sem graça, mas perde muito dela quando já sabemos o resultado.
Enquanto a seleção masculina goleava a Dinamarca por 4 a 0, eu assistia em loco ao espetáculo com os nadadores Phelps, Hosszú, Ledecky e companhia.
Ao ver o videoteipe da partida na Fonte Nova, eu já conhecia o placar. O jogo quente virou frio, sem emoção _como também ocorreria em outros esportes. Menos mal que o time ganhou e se classificou às quartas-de-final.
A atuação confirmou a seleção favorita ao ouro, previsão feita desde antes da convocação para a Olimpíada. Como dito anteontem, os jogadores têm qualidade técnica muito superior à dos adversários.
Na Bahia, a seleção teve duas mudanças na escalação. O volante Wallace entrou na vaga do suspenso Thiago Maia. E o atacante Luan substituiu o meia Felipe Anderson.
Wallace formou uma parelha mais efetiva com Renato Augusto, que teve ótima atuação.
Luan foi um dos protagonistas da maior novidade: em vez de cones fincados no gramado, houve movimentação intensa. Mais à frente que os dois volantes-meias e mais atrás do que os três atacantes, Luan circulou sem posição fixa. Jacaré parado vira bolsa de madame.
Antes, Gabriel Jesus ficava na direita, Gabigol no centro e Neymar na esquerda do ataque.
Agora, foi comum encontrar Gabigol na direita, Neymar no centro e Gabriel Jesus na esquerda. Inquietos, trocando de lugar, infernizando a defesa.
Foi um show? Não. Mas o suficiente para arrancar rumo ao alto do pódio olímpico.