Blog do Mario Magalhaes

Com horários esdrúxulos, COI imita Fifa no desprezo pela saúde dos atletas

Mário Magalhães

Jogo do Brasil contra a Argentina acabou na madrugada de hoje – Foto reprodução UOL

 

Pela meia-noite e pouco de hoje, Brasil e Argentina ainda se enfrentavam no vôlei feminino _ganharíamos por 3 a 0.

A natação acabou quase na virada do dia.

O horário de muitas competições nos Jogos do Rio subverte os hábitos dos atletas.

Agride seus corpos, acostumados a viver com outros relógios.

Não são meros ajustes, e sim aberrações, como iniciar as finais nas piscinas depois das dez da noite. E acabar com as eliminatórias matinais, transferindo-as para a tarde.

Tudo por exigência da NBC, emissora de TV que derramou uma dinheirama na compra dos direitos de transmissão e quer exibir o filé-mignon no horário nobre dos Estados Unidos.

A bicampeã olímpica Thaisa chiou: “É um horário ingrato com atleta. Agora, vai chegar a que horas? Jantar, tomar banho até poder relaxar, adrenalina baixar e dormir, vai ser lá para a madrugada. É complicado, horrível, para atleta é péssimo. As pessoas precisam pensar no lado do atleta, não só da mídia”.

O Comitê Olímpico Internacional privilegia o dinheiro à saúde dos atletas.

Como a Fifa, que na Copa dos EUA-1994 programou jogos ao meio-dia em pleno verão.

P.S.: o Mauricio Stycer informa que, se o horário da natação é obra da NBC, o do vôlei é exigência da TV Globo. O business impera, para lamento de tantos atletas.

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